quarta-feira, 27 de julho de 2011

A MÚSICA E A RELIGIOSIDADE




Em todos os tempos e povos encontramos o uso da música afim de se menter um contato com o Divino. Nas mais diversas crenças podemos observar sua presença.. Vejam que na Igreja Católica entoam-se hinos, ladainhas, cantos gregorianos. Os Evangélicos também tem através do canto uma forma de agradar a Deus com suas bandas e conjuntos Gospel. As seitas orientais utilizam-se muito dos mantras (COMBINAÇÕES DE LETRAS QUE VIBRAM NO ASTRAL) . Na Umbanda e cultos Africanos temos os pontos cantados, e até no Espiritísmo tradicional já existem canções que servem para difundir o Evangelho e os ensinamentos de kardec. Na própria Bíblia existe várias menções sobre a utilização musical, seja por meio de intrumento ou por meio do canto. O Saltério (Salmos) era o cancioneiro de Israel. Os Salmos dão muito destaque ao uso de instrumentos musicais na adoração de DEUS: " Celebrai o Senhor com harpa, louvai-o com cânticos no Saltério de dez cordas. Entoai-lhe novo cântico, tangei, com arte e júbilo."(Salmos 33:2-3)

RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS QUE UTILIZAM TAMBORES

No Brasil, existem diversas religiões e seitas que utilizam esse tipo de intrumento de percussão em seus rituais sagrados. Entre elas, destacam-se aquelas que se originaram dos povos indígenas e africanoscomo as que seguem:
* UMBANDA
* CANDOMBLÉ
* XANGÔ
* BATUQUE
* TAMBOR DE MINA
* XAMBÁ
* OMOLOCÔ

O ATABAQUE

Contitui-se de um tambor cilindrico, ligeiramente cônico e comprido, onde apenas a bertura maior é coberta por couro animal ( de bode, carneiro ou boi) . Instrumento de percussão que pode ser tocado somente com as mãos ou ainda com baquetas (varinhas) especiais feitas de galho de goiabeira ou araçazeiro, chamadas aguidavis. Seu nome tem origem Árabe, at-tabaq, que significa "prato". Descendentes africanos informam que os primeiros atabaques eram feitos de cerâmica. Depois passaram a usar troncos ocos de coqueiros e palmeiras, e só após algum tempo vieram a construi-los com madeira da gameleira (árvore sagrada do candomblé) . Pelos materiais utilizados em sua confecção, podemos notar sua importância nas religiões afro-brasileiras, pois temos na madeira o axé de Xangô, nos aros de metal a força de Ogum e Exu, e na pele de origem animal a influência do orixá caçador Oxóssi.

DENOMINAÇÕES E UTILIZAÇÃO DO ATABAQUE

São classificados pelo tamanho,chamando-se RUN,RUMPI e LÉ. Existe também o contra Rum, porém esse é pouco utilizado.
RUN: O maior deles, de tom grave. Seu nome significa em iorubá: voz(ohùm) ou rugido (hùn) .
RUMPI: Menor que o Run e amior que o Lé, de tom mediano. O nome também em iorubá tem o" hùn" (rugido) mais o "pi" (imediatamente), ou seja, indica a sua posição na orquestra de atabaques.
LÉ: É o menor do trio e tem o som mais agudo.O nome na língua Ewe faz alusão ao seu tamanho, pois significa pequeno (lee).
Os atabaques, como instrumentos sagrados que são, não devem sair do recinto do terreiro a menos que seja para uma obrigação religiosa, como por exemplo, os trabalhos nas matas, nas praias,cachoeiras, ou, ainda, por algo que faça parte da tradição, como as visitas entre tendas conhecidas Também não devem ser percutidos por pessoas não preparadas para esse fim, pois isso poderia acarretar numa "quebra de energias" existentes no instrumento musical ou ainda na transmissão de vibrações que não seriam benéficas a pessoa despreparada. Seu som é condutor do Axé do Orixá. A vibração do couro e da madeira interagindo geram forças capazes de relacionar-nos com os campos mais altos (ou baixos) campos vibratórios, de acordo com a vontade e a necessidade daqueles que os fazem soar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário