domingo, 25 de dezembro de 2011

Feliz Natal!


Quisera, senhor, neste Natal,
Armar uma árvore dentro do meu coração
E nela pendurar, em vez de presentes,
Os nomes de todos os meus amigos!
Os amigos de longe e de perto
Os antigos e os recentes
Os que vejo a cada dia
E os que raramente encontro.
Os sempre lembrados
E os que, às vezes, ficam esquecidos.
Os constantes e intermitentes,
Os das horas difíceis e os das alegres.
Os que, sem querer, eu magoei
Ou, sem querer, me magoaram.
Aqueles a quem conheço profundamente
E aqueles de quem me são conhecidas
A não ser as aparências.
Os que pouco me devem
E aqueles a quem muito devo.
Meus amigos jovens e os meu amigos velhinhos.
Amigos homens feitos e as crianças, minhas amiguinhas.
Meus amigos humildes
E meus amigos importantes.
Os nomes de todos que já passaram pela minha vida.
Os que me admiram e me estimam sem eu saber
E os que eu amo e estimo sem lhes dar a entender.
Quisera, Senhor, neste Natal,
Armar uma árvore de raízes muito profundas
Para que os seus nomes nunca mais
Sejam arrancados da minha vida.
Uma árvore de ramos muito extensos
Para que novos nomes, vindos de todas as partes,
Venham juntar-se aos já existentes.
Uma árvore de sombra muito agradável
Para que nossa amizade seja um momento
De repouso no meio das lutas da vida.
Que o Natal lhe proporcione momentos de paz e que a prosperidade, diariamente, faça parte de sua vida.
Feliz Natal e um fraterno e próspero 2012!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A PALAVRA DE ORDEM É: PERDOAR

Quase sempre quando nos sentimos injuriados, nossa tendência é aumentar o fato que nos desagradou. Se fomos ofendidos por esse ou aquele motivo, quase sempre encapsulamos o desejo de desforra e mantemos o "link" mental com as forças poderosas das trevas, que somadas a outras tantas potencializam as sombras de nossos desagravos.

Diante disto , predominam os núcleos formados pelo egoísmo e pelas paixões primitivas, porque nossos corações são duros e cremos que estamos sempre com razão. E quanto mais arraigados nesta certeza, mais esforço será necessário para que despertemos para a real necessidade do perdão. Mister tentemos entender o que ocasionou a ofensa. Por vezes, fomos nós mesmos os promotores dela, por algo que tenhamos dito ou feito.

Há casos e casos. A indignação é sentimento que, às vezes, se torna necessário diante da atitude descabida de alguém. Tal atitude não deve assumir, porém, o caráter da agressão nem do revide, devendo , sem dúvida, ser manifestada para que o outro perceba as conseqüências de seus atos. Contudo, em várias ocasiões , por gostar muito de alguém , relevamos suas atitudes inadequadas para conosco e com outros, confundindo os sentimentos e perdoando quando caberia a repreensão e advertência obrigatória.

Até porque perdão não significa conivência com o erro. O bom senso sussurra que atitudes como essas, isto é, perdoar e desculpar sem limites, incita o outro à prática do mesmo ato reprovável. Isto não é amor, mas, subserviência ou omissão.

Perdoar coisas leves contra nós mesmos é relativamente fácil, porém quando se trata de algo mais sério como um assassinato, um estupro, uma infidelidade conjugal por exemplo, a dificuldade de superação da mágoa aumenta consideravelmente. Por isso que a Doutrina Espírita leva refletir, que o perdão será sempre o sentimento que nas superações pessoais transcendem ao próprio ser.

Devemos dar o direito de a pessoa ser agressiva, mas não nos dar o direito de revidar a agressão. A raiva é semelhante a um raio. Pode provocar danos graves. É inesperada. Mas o rancor é calculado. É necessário que aprendamos a colocar um pára-raios e evitemos os tóxicos deste sentimento negativo. No entanto, esquecer ofensa depende da nossa memória. Muita coisa queremos esquecer e simplesmente não esquecemos. Sentimos o impacto e não temos como evitar a raiva, é fisiológico, reagimos no momento. Mas conservar a mágoa é da minha vontade. Se eu conservar a mágoa tenho um transtorno psicológico, sou masoquista, gosto de sofrer. Como seres emocionais sentimos o impacto da agressão, mas não devemos nos revoltarmos, e trabalhemos para esquecer.

Perdoar não é esquecer por esquecer. É compreender e colocar-nos no lugar do outro. O esquecimento somente vem quando a memória se encarrega de diluir a impressão negativa, o que demanda tempo, reflexão e auto-superação. São claras as palavras de Jesus no evangelho de Mateus: "Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem e caluniam; ". Jesus trata de uma das mais complexas dificuldades do ser humano: perdoar a quem nos ofende.

Desenvolvemos muitas doenças por que não conseguimos perdoar, isto é, cristalizamos nas mágoas os processos de vindita através das idéias obsessivas, cujas causas deslocam-se do campo íntimo em desarmonia exteriorizando-se no somático. Em verdade os estados mentais enfermos serão invariavelmente refletidos no corpo físico através de variada sintomatologia seja no ódio, no rancor, resultando, por via de conseqüência, em nossa prisão a influências inferiores, engendrando uma cadeia mórbida de patologias devastadoras.

O espírito de Manoel P. Miranda diz que " o ódio é fruto do egoísmo, do personalismo magoado, e Kardec comenta no Evangelho segundo o Espiritismo que "O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação e sem grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada, que paira acima do mal que lhes quiseram fazer. "

Pesquisas modernas indicam que o ato de perdoar pode aplacar a tensão, reduzir a pressão sanguínea e diminuir a taxa de batimentos cardíacos. Perdoar, portanto, não é somente uma questão de conquista emocional e espiritual, é também uma questão de saúde. O Evangelista Mateus narra a passagem em que Jesus disse: "Se contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em particular, a sós com ele; se vos atender, tereis ganho o vosso irmão. Então, aproximando-se dele, disse-lhe Pedro: 'Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando houver pecado contra mim? Até sete vezes?' - Respondeu-lhe Jesus: 'Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes".

Não resta dúvida que aprendendo a perdoar, estaremos promovendo nosso crescimento espiritual. A condição do verdadeiro perdão é o esquecimento. Mas não podemos deixar-nos encharcar de hipocrisia ao ponto de dizermos que já conseguimos isso com todos os que nos ofendem.

É certo que para nossas aparências sociais "o perdão significa renunciar à vingança, sem que o ofendido precise olvidar plenamente a falta do seu irmão; entretanto, para o Espírito Evangelizado, perdão e esquecimento devem caminhar juntos embora prevaleça para todos os instantes da existência a necessidade de oração e vigilância. Aliás, a própria lei da reencarnação nos ensina que só o esquecimento do passado pode preparar a alvorada de redenção".

O Evangelho Segundo o Espiritismo no capítulo X dá a dimensão do perdão, na sua forma mais simples e mais agradável a Deus, levando-nos a refletir nas palavras do Mestre registradas por Mateus entre as Bem-Aventuranças:  "Se perdoares aos homens as faltas que cometeram contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; mas, si não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados".  Jesus, aconselhou amar os nossos inimigos no enfoque de não devolver com a mesma moeda aquilo que nos foi desferido. Oferecendo, porém, a outra face, a face do bem, pois assim cortar-se-ia pela raiz os sentimentos de vingança.

Cabe aqui um registro de grande importância é o exercício do perdão na intimidade familiar. Não podemos perder de vista a suprema necessidade do perdão em família. Precisamos muito mais do perdão, dentro de casa, que na ribalta social, e muito mais de apoio recíproco no ambiente em que somos chamados a servir, que nas veredas ruidosa do mundo. E se Jesus nos ensinou perdoar setenta vezes sete aos nossos inimigos, quantas vezes deveremos perdoar aos amigos (familiares) que nos entretecem a alegria de viver dentro do ambiente doméstico?

Portanto, aconteça-nos o que acontecer, não cedamos, nunca, a pensamentos de rancor e de vingança; isto poria em ação forças destrutivas que, mais cedo ou mais tarde, reagiriam contra nós mesmos. Certamente, os agravos que nos façam não ficarão impunes, mas deixemos a cargo do Criador a justa correção.

(Artigo gentilmente cedido por Jorge Luiz Hessen)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

POR QUE DEVEMOS ESTUDAR A UMBANDA?


Sabemos que cada terreiro de Umbanda tem seus fundamentos, sua direção, sua liderança, seus princípios, sua história e suas particularidades tanto quanto nos rituais de culto quanto nas doutrinas professadas. Sabemos também que não existe uma doutrina única da Umbanda, mas podemos afirmar que ela tem suas raízes fundamentadas nos cultos de nação, indígena, espírita e cristão, abrindo assim um leque de diversidades onde se justificam todas essas diferenças. Então, devemos começar por respeitar essas diferenças, pois para entendermos essas particularidades se faz necessário um estudo detalhado das origens de cada casa. Hoje com o avanço da ciência e da tecnologia, o homem mudou muito seus conceitos em relação ao mundo onde vive, sobre si mesmo e o sobrenatural. Podemos ao simples toque de uma tecla, acessar vários materiais divulgados nos diversos meios de mídias, onde vemos cada vez mais exposto as particularidades de cada terreiro. A facilidade a esse conteúdo, muita das vezes, faz com que um terreiro acabe, mesmo que subjetivamente, influenciando um ao outro, havendo assim uma troca de experiências e de conhecimentos, o que de certo modo vem sendo muito importante para o crescimento da Umbanda. Esse diálogo através da mídia vem se fundamentando cada vez mais, tornando-se raros os grupos que se fecham não procurando estudar e aprender com essas diversidades. Acreditamos que através desse diálogo e de um debate aberto, se possa chegar a um consenso quanto a Doutrina da Umbanda e o respeito mútuo entre seus praticantes. Os dirigentes de terreiros, que ainda não o fazem, deveriam começar a dar a devida importância também aos estudos doutrinários, para que o novo adepto tenha uma base sólida e bem desenvolvida, assim ele próprio poderá discernir quanto o que é "certo" e o dito ”errado”. Sem esse estudo, o adepto ficará sem fundamentos, sem bases, o que alimentará ainda mais a ignorância e discórdia entre os umbandistas. Em muitos terreiros ainda não existe um estudo teórico e fundamentado da religião. O que impera, infelizmente, é que este estudo é desnecessário e que devemos apenas seguir as orientações recebidas dentro do terreiro, essas que em sua maioria são somente práticas, onde o adepto aprende através da vivência e da observação no dia-a-dia de seus trabalhos na casa, ou conversando e tirando suas dúvidas com os outros filhos do terreiro. Não se permite também, de forma alguma, que um médium visite outro terreiro, justificado muita das vezes, pelo dirigente, pelas demandas que enfrentarão. Assim vemos muitos terreiros ainda fechados a preceitos antigos. Deixamos claro aqui que até concordamos em parte com essa proibição, quando é pela falta de preparo do médium e/ou por ele ainda está em fase de desenvolvimento. Por isso se faz necessário o estudo aprofundado da Doutrina Umbandista, não como imposição, mas como um diálogo aberto. O adepto deve sim seguir as orientações da casa, seus fundamentos, mas nada impede que ele como forma de estudo pesquise todas as correntes, suas literaturas e rituais. Essa pesquisa deve ser vista como forma de enriquecimento do saber, o que certamente servirá para agregar valores aos fundamentos do médium e da própria casa. Vemos, na maioria das vezes, a Umbanda sendo abordada em debates por dois aspectos: Razão e Emoção. Quando é abordada pela Emoção utilizam-se a fé e a afinidade de pensamentos, se fechando assim à outras abordagens e explicações tanto para os fenômenos quanto para os rituais. Por outro lado quando ela é abordada pela Razão se utilizam somente do conceito lógico e científico para buscar essas explicações. As duas formas são necessárias, mas se levadas ao extremo podem acarretar grandes problemas. Por exemplo: quando nos deixamos levar somente pela Emoção, agimos de forma cega e não admitimos ser contrariados, nos fechando a um fundamento e isto é suficiente. O grande perigo é a proliferação do fanatismo religioso, onde pela ignorância podemos ser levados ao erro, e só fazemos isso ou aquilo quando o dirigente ou o mentor da casa disser para fazer. Em prática, isso nos leva ao ostracismo, a obtusação e a nos tornar marionetes ou meros fantoches nas mãos de pretensos sábios e donos da verdade. Mas também pode ser muito perigoso agirmos somente com a Razão, levando em consideração somente a lógica, o pensamento científico e a pesquisa aprofundada na busca de uma explicação dos assuntos, pois levada ao extremo, nos tornará materialistas e pretensos donos da verdade. É preciso então, procurar um ponto de equilíbrio entre ambas, Razão e Emoção, sempre buscando, com bom senso, as explicações e fundamentos com a cabeça aberta ao diálogo e ao novo. A Doutrina da Umbanda deve ser baseada nesse equilíbrio, facilitando o conhecimento dos temas abordados e solidificando a cada dia seus fundamentos. Não devemos estudar a Umbanda sem levar em consideração todas as suas raízes, nos limitando somente a prática da incorporação mediúnica, muito menos perder tempo discutindo os rituais utilizados por este ou aquele terreiro. Devemos deixar esta questão para outro estagio e nos aprofundarmos nas suas origens para assim construirmos convicções sólidas baseadas na verdade, no amor e na caridade, pois só assim veremos os rituais se modificando por si próprios.

FONTE:TEDES - APOSTILA DE ESTUDO / UMBANDA –CONCEITOS BÁSICOS

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

PROCURA-SE

http://www.pessoasdesaparecidas.org/cadastro/procuro-por-jose-dos-santos/

  • Nome da pessoa desaparecida: josé dos santos
  • Nome da Mãe: gelu jesus dos santos
  • Cidade do Desaparecido: curitiba
  • VISTO PELA ÚLTIMA VEZ: 01/11/2011
  • Estado: Paraná
  • País: Brasil
  • Cicatrizes e Marcas: mancha de nascimento nas costas
  • Altura: 1.72
  • Cor da Pele: Marrom Clara
  • Tipo de Cabelo: Ondulado
  • Cor do Cabelo:: Grisalho
  • Cor dos Olhos:: Castanho-escuro
  • Seu nome: sheylla rodrigues
  • Eu sou...: Parente
  • Anunciado em: 06/11/2011 10:58 AM
  • Expira: 361 dias, 13 horas

Descrição

estava de jeans e blusa azul.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO


Por Rubens Saraceni
Há muitos anos atrás Pai Benedito de Aruanda, em um dos livros psicografados por mim,
revelou-nos isso: “De cada 100 crianças que nascem 30 delas já trazem alguma faculdade
mediúnica (ou várias) já madura, e que precisarão ser orientadas corretamente para colocá-la a
serviço dos seus semelhantes”.
As faculdades mediúnicas mais ostensivas são as de incorporação, de clarividência, de
intuição e de sensitividade, que também são as mais difíceis de dominar, porque, se não forem
devidamente colocadas sob o controle consciente dos seus possuidores acabarão prejudicando-os e
atrapalhando-os em vários aspectos de suas vidas, e mesmo, segregando-os do seio de suas
famílias, sendo que muitos se tornam frequentadores de consultórios médicos (psicólogos,
psiquiatras, neurologistas, etc) ou dependentes de drogas e bebidas ainda na juventude porque se
sentem diferentes das outras crianças ou dos outros jovens.
Faculdade mediúnica fora de controle em uma criança, em um jovem ou adulto torna-
o
infeliz, perturbado espiritualmente e desequilibrando psicologicamente, atrapalhando seu
desempenho no estudo e no trabalho, podendo, em muitos casos, levar a pessoa à perda da razão e
da capacidade
de separar o lado espiritual de sua vida do lado material. Não são poucos os relatos
na literatura espírita de pessoas que foram internadas como “loucas” ou “desajustadas”. Não que
existam casos como esse devido a desequilíbrios bioquímicos e psicológicos, esses últimos, devido
a má formação e má orientação quando na mais tenra idade (de 1 a 7 anos de idade).
Sobre isso há farta literatura, tanto espírita quanto médica e só me servi do muito que já li
sobre o assunto.
Pois bem, baseado no que eu já sabia e na informação de Pai Benedito de que 30% da
população possui alguma faculdade
mediúnica já amadurecida em vidas passadas e no período em
que o espírito viveu no astral, há cerca de 15 anos comecei a estimular os dirigentes de Umbanda a
abrirem seus centros em um dia específico só para acolherem essas pessoas com faculdades
mediúnicas ostensivas para orientá-las e auxiliá-las no domínio consciente delas, e também ajudálas
a incorporar a mediunidade religiosamente às suas vidas, como um dom do espírito que deve ser
colocado a serviço do próximo de forma correta para, aí sim, essas pessoas estarem sendo úteis
com algo que possuem ou que demorou muito tempo para adquirirem: o dom mediúnico.
Isso ensinei, ensino, sempre ensinarei e sempre lembrarei aos dirigentes dos centros de
Umbanda que uma semana tem 7 dias e que podem usar um dia só para o estudo da Umbanda e do
desenvolvimento mediúnico das pessoas, principalmente dos que tem a faculdade de incorporar os
espíritos.
Eu me baseei no que é feito regularmente
no espiritismo e em muitos centros de
Umbanda, onde o desenvolvimento da faculdade de incorporar espíritos é feito em dias específicos,
quando o centro não recebe consulentes e suas cargas espirituais, que de alguma forma perturbam
os médiuns iniciantes, ainda vulneráveis à presença de espíritos trevosos ou sofredores que
interferem e bloqueiam suas incorporações,
deixando-os mal, com tonturas, dores de cabeça ou no
corpo, náuseas, etc.
Não inventei escolas de desenvolvimento mediúnico, apenas tenho estimulado os dirigentes
umbandistas a darem a mediunidade o mesmo valor que sempre deram a ela os nossos irmãos
espíritas com suas escolas de desenvolvimento mediúnico criadas há 150 anos pelos semeadores
do espiritismo, e tendo à frente deles Allan Kardec que, para mim, é um dos maiores luminares da
humanidade.
O desenvolvimento mediúnico organizado e bem conduzido tem o apoio da espiritualidade
superior e tanto nos centros espíritas quanto nos de Umbanda as aulas e práticas mediúnicas são
assistidas e orientadas por espíritos mentores, muitos deles ligados aos médiuns que estão
começando a desenvolver um método consciente de dominar suas faculdades e colocá-las em
ordem para que, posteriormente, possam participar com firmeza e segurança das sessões de
atendimento espiritual aos consulentes
do centro que frequentam.
Como eu já escrevi linhas atrás, não inventei as escolas de desenvolvimento mediúnico, pois
já existem no seguimento Espírita, que segue a doutrina de Allan Kardec.
Eu não inventei o desenvolvimento na Umbanda porque foi nosso querido e saudoso Pai Zelio
de Morais que fundou a Umbanda e alicerçou-a na faculdade de incorporação ao incorporar o
espírito mensageiro de Deus que, incorporado nele abriu o primeiro trabalho espiritual de Umbanda,
oficializando no plano material mais uma religião.
Eu fui beneficiário do legado deles e os reverencio sempre pelo bem que criaram e
beneficiou-me quando precisei desenvolver-me na Umbanda e fui acolhido por dirigentes que tinham
um dia à parte só para o desenvolvimento mediúnico.
Mas, como já vi e já passei por centros que desenvolvem os médiuns nos dias de
atendimento público e o guia chefe tem pouco tempo para eles, e muitos saem das giras piores do
que quando chegaram, tenho recomendado a todos os sacerdotes umbandistas que estudaram
comigo que adotem nos seus centros um dia só para o desenvolvimento
mediúnico.
Mas não tenho feito essa recomendação só aos que estudaram comigo e que abriram seus
centros.
Também tenho divulgado essa iniciativa para que no futuro, a Umbanda tenha muitos
médiuns, todos conscientes dos seus deveres com Deus e com a espiritualidade superior, mas
também equilibrados intimamente e felizes por possuírem dons espirituais e poderem colocá-los
caritativamente a serviço dos seus semelhantes.
Nos nossos centros, os médiuns iniciantes têm um dia de estudos e práticas mediúnicas só
para eles e quando já dominam conscientemente suas faculdades, aí são conduzidos ao trabalho de
atendimento ao público cambonando aos guias de trabalho, fazendo transportes, descarrego e des
obsessões, aprendendo também de forma consciente e racional toda a dinâmica de trabalho da
Umbanda.
Com o passar do tempo e após terem auxiliado os guias e aprendido o mínimo indispensável
para o exercício de sua mediunidade de incorporação, ficam auxiliando até que seus próprios guias
espirituais, incorporados neles comecem a pedir seus colares, confirmarem seus nomes e a
solicitarem ao Guia chefe que querem trabalhar no atendimento às pessoas necessitadas.
Em alguns casos é o Guia chefe, que acompanhou todo o desenvolvimento do médium que o
avisa de que ele já está pronto e que seus Guias querem trabalhar no atendimento, incorporados
nele. Alguns, mais tímidos ou inseguros relutam. Mas quando seus Guias incorporam e passam
atender as pessoas ajudando-as, todos soltam-se, se descontraem e tornam-se ótimos médiuns
umbandistas.
Em todo o período de tempo que passou desenvolvendo-se, o médium submeteu-se a uma
disciplina íntima, a uma doutrinação religiosa e espiritualizadora da sua mediunidade, integrando-se
à Umbanda e sentindo-se de fato e de direito um umbandista, orgulhoso de ser médium.
Isso fizeram por mim, isso tenho feito desde que abri meu centro em 1983 e o Guia Chefe,
devido ao grande número de pessoas na assistência com problemas devido à mediunidade, ordenou
que abríssemos uma vez por semana só para que ele pudesse assisti-las e desenvolvê-las, pois não
adiantava aplicar-lhes um passe, uma vez que eram médiuns e viviam em desequilíbrio por causa de
suas mediunidades. Só se desenvolvendo essas pessoas recuperariam seus equilíbrios.
Desde então já desenvolvi milhares de médiuns e muitos hoje dirigem seus centros, também
desenvolvendo muitos médiuns novos para a Umbanda, expandindo a nossa religião e beneficiando
outras pessoas, que, como eles, chegam desequilibradas diante dos seus Guias e estes vão logo
alertando-as com estas palavras: “Filho (a) o seu problema é de mediunidade e só desenvolvendo-a
você melhorará”!
Quantos Guias espirituais, incorporados em seus médiuns já disseram isso a algum
consulente?
Todos os Guias de Umbanda já disseram, dizem e sempre dirão isso quando se depararem
com pessoas possuidoras do dom da mediunidade de incorporação, e todos tem recomendado a
elas que só desenvolvendo-se poderão recuperar o seu equilíbrio. Isto não sou eu que estou
afirmando aqui e sim, todos os Guias espirituais que fazem essas recomendações às pessoas com
mediunidade.
Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Outubro de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 30

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

II FESTIVAL PARANAENSE DE CURIMBAS

CONVIDO VOCÊ PARA PRESTIGIAR O :


  II FESTIVAL PARANAENSE DE CURIMBAS que será iniciado no mês de setembro e culminará com a apresentação das quatorze cantigas classificadas no dia 20 de novembro de 2011 - domingo, ás 16:00 horas no Teatro Guaíra, Auditório BENTO MUNHOZ DA ROCHA NETO, conhecido como GUAIRÃO, sito a rua Conselheiro Laurindo, s/nº, Centro, em Curitiba, Estado do Paraná, sendo transmitido, ao vivo, pelo sistema Educativa de rádio e televisão. O ingresso é uma lata de leite em pó, que será revertida ao Provopar.
 
 

Chega de Intolerância

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O HINO DA UMBANDA.


Por Antônio Carlos Nobre.

Muitos conhecem, cantam ou já ouviram o Hino da Umbanda, uma canção que fala de paz e
de amor, que faz com que nosso corpo se arrepie de emoção.
O Hino da Umbanda foi composto na década de 60, por um cego que em busca de sua cura
foi procurar a ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Embora não tenha conseguido a cura por ser sua cegueira cármica, ficou apaixonado pela
religião e escreveu uma canção para mostrar que poderia ver o mundo e nossa religião de outra
maneira.
Apresentou a composição ao Caboclo das Sete Encruzilhadas que gostou tanto que resolveu
apresentá-la como Hino da Umbanda, o qual em 1961, no 2º Congresso de Umbanda, foi
oficializado para todo o Brasil.
E como não se apaixonar por uma letra tão convicta, quando entoamos o nosso hino,?
Acreditamos que a luz divina reflete do céu trazendo a paz, a serenidade, o amor e igualdade
entre os povos.
Essa luz, que reflete na terra e no mar, ilumina o mundo inteiro com sua magia e seu poder
divino.
A nossa Umbanda, que nos dá a força da vida e que nos conduz com grandeza e sabedoria.
Então, nós que somos filhos e irmãos de fé, acreditamos que não existe uma lei tão justa
como a nossa, levantemos a bandeira de amor, esperança, união, fé e caridade.
Ressalta-se ainda, que o autor do Hino da Umbanda vem a ser José Manuel Alves, nascido
em 05 de Agosto de 1907 em Monção, Portugal.
Em 1929, veio para o Brasil, indo residir no interior do estado de São Paulo. No mesmo ano,
mudou-se para a capital paulista, ingressando na Banda da Força Pública, onde ocupou vários
postos, aposentando-se como capitão.
Hino Da Umbanda Umbanda:
Refletiu a luz divina
Com todo seu esplendor
É do reino de Oxalá
Onde há paz e amor
Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio de Aruanda
Para todos iluminar
A Umbanda é paz e amor
É um mundo cheio de luz
É a força que nos dá vida
E a grandeza nos conduz.
Avante filhos de fé,
Como a nossa lei não há,
Levando ao mundo inteiro
A Bandeira de Oxalá!
Levando ao mundo inteiro
A Bandeira de Oxalá!
Que nosso pai Oxalá cubra a todos com seu manto sagrado, nos dando saúde, equilíbrio,
harmonia, conhecimento e sabedoria para bem desempenhar nossa jornada terrena.

fonte:Jornalnacionaldaumbanda

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

AS CRIANÇAS NA UMBANDA.


A Linha das Crianças, cujos membros baixam nos centros de Umbanda é de todas a mais
misteriosa.
Esses espíritos infantis nos surpreendem pela ternura, inocência, argúcia, carinho e amor que
vibram quando baixam em seus médiuns.
O arquétipo não foi fornecido pelo lado material da vida, pois uma criança com seus 7, 8 ou 9
anos de idade, por mais inteligente que seja, não está apta intelectualmente a orientar adultos atormentados
por profundos desequilíbrios no espírito ou na vida material.
Quem forneceu o arquétipo foram os seres que denominamos “encantados da natureza”.
Não foi baseado em espíritos de crianças que desencarnaram que essa linha foi
fundamentada e sim, nas crianças encantadas da natureza amparadas pelos orixás, que os acolhem
em seus vastos reinos na natureza em seu lado espiritual e os amparam até que cresçam e
alcancem um novo estágio evolutivo, já como espíritos naturais.
Os espíritos que se manifestam na linha das crianças atendem pessoas e auxiliam-nas com
seus passes, seus benzimentos e suas magias elementais, tudo isso feito com alegria e simplicidade
enquanto brincam com seus carrinhos, apitos, bonecas e outros brinquedos bem caracterizadores
do seu arquétipo. Ele é tão forte que adultos encarnados sisudos se transfiguram e se tornam
irreconhecíveis quando incorporam suas “crianças” ou Eres.
A presença desses espíritos infantis é tão marcante que mudam o ambiente em pouco tempo,
descontraindo todos os que estiverem à volta deles.
Todo arquétipo só é verdadeiro se for fundamentado em algo pré-existente. O arquétipo
“Caboclo” fundamentou-se no índio brasileiro e no sertanejo mestiço. O arquétipo “Preto-Velho”
fundamentou-se no Preto já ancião, rezador, mandingueiro e curador.
O arquétipo “Criança” fundamentou-se na inocência, na franqueza e na ingenuidade dos
seres encantados ainda na primeira idade: a infantil.
E, caso não saibam, há dimensões inteiras habitadas por espíritos nesse estagio evolutivo,
conhecido no lado oculto da vida como “estágio encantado”. Nessas dimensões da vida vivem eles e
suas mães encantadas, todas elas devotadas à educação moral, consciencial e emocional, contendo
seus excessos e direcionando-os à senda evolucionista natural, pois eles não serão enviados à
dimensão humana para encarnarem.
A elas compete supri-los com o indispensável para que não entrem em depressão e caiam no
autismo ou regressão emocional, muito comum nessas dimensões.
Nelas há reinos encantados muito mais belos do que os “contos de fadas” do imaginário
popular foi capaz de descrever ou criar.
Cada reino tem uma Senhora, uma mãe encantada a regê-lo. E há toda uma hierarquia a
auxiliá-la na manutenção do equilíbrio para que os milhares de espíritos infantis sob suas guardas
não regridam, e sim, amadureçam lentamente até que possam ser conduzidos ao estágio evolutivo
posterior. O arquétipo é forte e poderoso porque por trás dele estão as Mães Orixás, sustentando-o,
e também estão os Pais Orixás, guardando-o e zelando pela integridade desses espíritos infantis.
A literatura existente sobre esse estágio se restringe a alguns livros de nossa autoria que
abordam o estágio encantado da evolução dos espíritos.
Mas que ninguém duvide da sua existência, porque ele realmente existe e não seriam
“crianças” humanas recém-desencarnadas e que nada sabiam de magia ou de orixás que iriam
realizar os prodígios que os “Erês” realizam em benefício dos frequentadores das suas sessões de
trabalhos ou com as forças da natureza quando são oferendados em jardins, à beira-mar, nas
cachoeiras ou em bosques frutíferos.
Há algo muito forte por trás do arquétipo e esse algo são os Orixás encantados, os regentes
da evolução dos espíritos ainda na “primeira idade”.
Para conhecerem melhor o estágio encantado da evolução, recomendamos a leitura do livro
de nossa autoria A Evolução dos Espíritos, editado pela Madras.
Por Pai Rubens Saraceni.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

OS BANHOS DE DESCARGA


                                                  
                                                    (ou Banho de Descarrego)
Desde épocas remotas é conhecida a forma mágica das plantas e ervas medicinais. Daí os banhos serem considerados veículos de purificação do corpo e da mente, incluindo-se no processo de mediunidade dentro dos centros e terreiros de Umbanda e também de Candomblé.
O banho de descarga é um descarregamento dos fluídos pesados de uma pessoa.
O banho de descarga mais usado é feito com ervas positivas, variando de acordo com os fluídos negativos acumulados que uma pessoa está carregando, e de acordo com os orixás que a pessoa traz em sua cabeça.
O banho de descarga com ervas deve ser tomado após o banho rotineiro, de preferência com sabão da costa, sabão neutro ou sabão de coco. Um banho de descarga não deve ser jogado brutalmente pelo corpo e sim suavemente, com o pensamento voltado para as falanges que vibram naquelas ervas ali contidas. Por exemplo: se tomamos um banho com Espada-de-São-Jorge devemos elevar o pensamento a Ogum Guerreiro. Se tomamos um banho de rosas brancas, mentalizamos as águas de Oxalá, imaginamos Oxum e a falange do mar. E assim sucessivamente.
Ao tomarmos o banho de descarrego podemos também entoar um ponto cantado, chamando os guias que vibram com aquelas ervas ali maceradas. Ao terminarmos o banho de descarga, devemos recolher as ervas e "despachá-las" em água corrente ou na praia. Muitas Entidades pedem ao final do banho, que deve ser acesa uma vela branca e rezar um Pai-Nosso e uma Ave-Maria para que Deus possa abençoar o corpo e a alma assim purificados. Mas, não são apenas os banhos de ervas os usados para descarga, há outros, que são fortes descarregos de maus fluídos. Por exemplo: os banhos de cachoeira, de mar, de água de Mina, de chuva (axé de Nanã), de rio, etc.
Hoje em dia há banhos de descarga que são comprados prontos, mas não os recomendados inteiramente, pois muitos não são preparados com o rigor que deveriam ser. Pois para preparar um banho, devemos colher as ervas certas, caso contrário, não há efeito positivo e/ou completo.
Nesse sentido, é fundamental conhecer a época, dia e hora em que devemos colher as ervas sagradas, bem como o modo de prepará-las e a sua real utilidade dentro do processo de iniciação ou liturgia. Nos candomblés quem colhe as ervas é o Mão-de-Ofã, ou Olofá, que antes de entrar na mata saúda Ossãe (orixá das ervas e folhas) e oferece-lhe um cachimbo de barro, mel, aguardente e moedas. Esse sacerdote que se dedica às folhas, nos cultos de Nação, é o babalossaim, e ele usa seus dotes a cura, para a preparação de amacis e feitura de Santo no candomblé. Na Umbanda, os Pais e Mães de Santo tem o conhecimento do uso das ervas e no preparo delas. Mas, para nossos banhos de descarga, nós mesmos podemos comprar e/ou colher as folhas (desde que você as conheça), e prepará-las em água fervendo.
NÃO SE DEVE COZINHAR AS ERVAS, e sim, colocá-las em águas fervendo, como uma infusão. Não se deve também deixar que outras pessoas coloquem a mão no seu banho, ou seja, que preparem o banho para você (salvo a situação em que uma Entidade Espiritual ou seu Pai ou Mãe de Santo autorize que outra pessoa faça o banho no seu lugar).
PEQUENO HISTÓRICO SOBRE O USO DOS BANHOS
O banho é a renovação do corpo e da alma, pois quando o corpo se sente bem e se acha refeito do cansaço, a alma fica também apta a vibrar harmoniosamente. Os antigos hebreus já usavam as abluções, que não deixavam de ser banhos sagrados. Moisés, o grande legislador hebreu, impôs o uso do banho em seus seguidores. O batismo nas águas ministrado por São João Batista, no Rio Jordão, era um banho sagrado, pois o batismo nas águas senão o banho mais natural (e porque não o primeiro banho purificador do ser humano nos dias de hoje, afinal, se batizam crianças ainda pequenos) que conhecemos, purificador do espírito, mente e do corpo.
Os banhos sempre foram um potente integrante do sentimento religioso, haja visto os povos da Índia milenar serem levados a banhar-se nas águas do rio sagrado, o Ganges, cumprindo assim parte de um ritual que, para eles, é indispensavel e sagrado.
Há em toda a época antiga um Rio Sagrado, no qual os povos iam se banhar para purificar-se física ou mentalmente. Na África, a água é tida como de grande poder de força e de magia. Vemos até hoje nos candomblés as Águas de Oxalá. Águas nos potes e tigelas, além de mirongas com água e axé. E quem nunca viu ou ouviu falar em lavar com água-de-cheiro as ESCADARIAS DO SENHOR DO BONFIM, em Salvador na Bahia?
Para nossos índios, hoje os Caboclos da Umbanda, o banho de Rio era alegria, prazer, lazer, satisfação e descarga. O rio Paraíba é um rio sagrado para os Tupinambás. Nele os índios faziam (ou fazem) seus rituais secretos
A UTILIZAÇÃO DOS BANHOS
Em qualquer época, nos Centros e Terreiros de Umbanda, os banhos tem sido de grande importância na fase de iniciação espiritual; por isso, torna-se necessário um grande conhecimento do uso das ervas, raízes, cascas, frutos e plantas naturais.
E como já sabemos, os banhos de ervas devem ser preparados por pessoas especializadas dentro dos terreiros ou por você mesmo(a). Se forem preparados por outra pessoa , que ela esteja com o seu corpo físico e seu corpo astral purificados, pelo menos pelo banho de uma erva, e livres de excitações sexuais; nem por mulheres na fase de mestruação (corpo liberto).
A orientação e o uso das ervas são atribuições dos GUIAS ESPIRITUAIS, das ENTIDADES e dos ORIXÁS, através dos Chefes de Terreiros (Pais e Mães de Santo).
Os banhos de ervas, são classificados normalmente em três tipos: Banho de Descarga, Banho de Ritual e o Banho de Iniciados.
Vejamos aqui cada um deles:
BANHOS DE DESCARGA
O mais conhecido, e como o próprio nome diz, o Banho de Descarga (ou descarrego) serve para descarregar e limpar o corpo astral, eliminando a precipitação de fluídos negativos (inveja, ódio, olho grande, irritação, nervosismo, etc). Suprime os males físicos externamente, adquiridos de outrem ou de locais onde estiverem os médiuns. Este banho pode ser utilizado por qualquer adepto da Umbanda, desde que seguindo as recomendações das Entidades/Guias Espirituais.
BANHOS DE RITUAL
É o banho de incorporantes (médiuns de incorporação). Esses banhos tem a função de estimular os fluídos da mediunidade, ativando, revitalizando as funções psíquicas para uma excelente trabalho de ritualização dos Guias Espirituais e é também recomendado para ativar e afinizar as forças dos Orixás, Protetores de Cabeça e do Anjo da Guarda.
BANHOS DE INICIADOS
Este tipo de banho deve ser utilizado nos centros e terreiros de Umbanda por seus aparelhos, médiuns, iniciantes ou não dentro da Lei da Umbanda. Ele propicia o equilíbrio entre a aura do corpo mental e a aura do corpo astral. Equilibra, de maneira satisfatória, a incorporação das Entidades em seus aparelhos mediúnicos (filhos-de-santo).
É um banho para ser usado com muito critério e cautela, pois para cada tipo de Entidade Espiritual é destinada uma planta ou várias plantas, num conjunto ritualistico.
Um exemplo de banho de iniciados é o BANHO DE AMACI, aqui especialmente tratado
BANHO de AMACI
É o banho mais conhecido pelas pessoas que começam a frequentar os Centros de Umbanda e que somente deve ser preparado por uma Entidade Espiritual ou pelo Guia Chefe do Terreiro, Pai/Mãe-de-Santo, Zelador(a) do Terreiro, Babalaô ou Chefe de Culto. É o banho que pode ser preparado da cabeça aos pés, ou simplesmente da cabeça, porque é preparado de acordo com o Santo, Orixá protetor do filho, iniciante na Umbanda. O banho de amaci é próprio para a cabeça onde reside o nosso Santo Protetor, nosso Guia Espiritual. Só podem tomar o banho de amaci aqueles que forem frequentar e desenvolver-se na gira de Umbanda, no Centro ou Terreiro. O próprio adepto não deve nunca prepará-lo e nem tomá-lo em casa; existe todo um ritual para que seja feito o amaci da Umbanda, isto é, ervas selecionadas de acordo com o Santo do Iniciante, bem como dia e hora apropriados, e demais requesitos que o banho exige.
OBSERVAÇÕES SOBRE OS BANHOS DE ERVAS
Todos os banhos de descarga devem ser tomados do pescoço pra baixo; só se deve jogar o banho na cabeça quando for indicado pelo Orixá Chefe do Terreiro, ou autorizado pelo Babalaô ou Mãe de Santo.
As folhas que caem dos banhos de ervas devem ser recolhidas e despachadas (jogadas) nos locais apropriados; em geral, vasos grandes de plantas, jardins, num rio ou mata, mas nunca nas ruas.
Há banhos para todos os Orixás e Entidades e sempre que tiver dúvida consulte-os ou consulte um Pai ou Mãe de Santo sobre o banho a ser tomado.

"CASA DE OXALÁ"

Orientador Espiritual: Neiwriw de Oxalá
Murilo Masson