sexta-feira, 13 de maio de 2011

PRETO VELHO


AS SETE LÁGRIMAS DE UM PAI-PRETO

Foi uma noite estranha aquela noite....
Estranhas vibrações penetravam
Em meu “Ser” e me faziam ansiar
Por algo que, pouco a pouco, se definia...
Era um “que”desconhecido,
Mas senti-o como estivesse
Em comunhão com minha alma
E externava a sensação
De um silencioso pranto...
Quem do mundo do astral,
Emocionava assim meu pobre “Eu?”
Não soube, até adormecer.... e “sonhar”...
Atraído por cânticos que falavam
De “Aruanda, Estrela Guia e Zambe” ...
Eram vozes de Umbanda,
Dessa Umbanda de todos nós
Que chamava seus filhos de fé ...

E fui visitando Cabanas e Tendas,
Onde multidões desfilavam, mas
Surpreso ficava ante a “visão”
Que em cada um eu “via”...
Em um canto, pitando, um triste
Pai Preto chorava...
Dos seus “olhos” molhados esquisitas lágrimas desciam
E, não sei porque, contei-as;
Foram “Sete”.
Na incontida vontade de saber,
Aproximei-me e interroguei-o:
Fala, “Pai Preto”, dize porque externas tão visível dor?
E “Ele”, suave, respondeu:
“Estás vendo esta multidão que entra e sai”?
Das lágrimas contadas,
Distribuídas estão a cada uma delas...
“A PRIMEIRA” eu a dei aos indiferentes;
aos que aqui vêm em busca de distração,
na curiosidade de ver, de bisbilhotar...
“Não crêem, nem descrêem... Sabem conceder...

“A SEGUNDA”, dei aos duvidosos, aos que acreditam, desacreditando...
Vivem na expectativa de um “milagre”que os façam “alcançar”
Aquilo que seus próprios merecimentos negam ...
“A TERCEIRA” é mais, que distribui aos maus
Aquelas que somente procuram as Casas de Religião
Em busca da vingança, aos que desejam prejudicar seus semelhantes...
“A QUARTA” são aos que, pensam que nós, Guias e os Òrìsàs, somos
Veículos de suas mazelas, de suas paixões e temos obrigação de fazer o que
Pedem...
“Pobres almas que da bruma ainda não saíram ...
E assim vai lembrando bem”:
“A QUINTA” lágrima foi diretamente para os frios e calculistas.
Não crêem nem descrêem.
Sabem que existe uma força e procuram se beneficiar dela de qualquer
Forma.
Não conhecem a palavra GRATIDÃO.
Negarão amanhã até que conhecem uma Casa de Religião....
Chegam suaves, têm o riso e o elogio à flor dos lábios...
São fáceis, muito fáceis ....
Se olhares bem seus semblantes,
Verás, escrito, em letras claras:
Creio na tua Religião, nos teus Caboclos e no teus Òrìsàs,
Mas somente se vencerem o “meu caso” ou me curarem “disso”
Ou “daquilo”.... ou trazer de volta o meu “amor”, etc...
“A SEXTA” lágrima eu dei aos fúteis, aos que andam de Casa em Casa....
  Não acreditam em nada, visam somente o benefício
Próprio, conhecidos por “akirijebós”, são os freqüentadores assíduos
De todas as festas em todas as Casas de Religião, e só colocam defeitos...
Buscam apenas o aconchego e os conchavos...
Seus olhos apresentam um interesse diferente.
Sei bem o que eles querem....
“A SÉTIMA” viu! Filho meu, notaste como foi grande e deslizou
Pesada?
Pois, foi a Última Lágrima, aquela que vive nos olhos de todos os Òrìsàs e
Caboclos.
Fiz doação dessa aos vaidosos cheios de empáfia, para que levem
Suas máscaras e todos possam vê-los como realmente são:
“Cegos, guias-de-cegos; andam se exibindo com o “lado” tal e
qual mariposas em torno da luz, essa mesma luz que eles não
conseguem Ver...
Olha-os bem; vê como suas fisionomias são turvas e desconfiadas...
Observa-os quando falam doutrinando.
Suas vozes são ocas, dizem tudo de “cor e salteado”...
  nada tem à dar e sim tirar
Sem pudor e sem caráter...Em sua linguagem sem calor,
Formulam conceitos de caridade, essa mesma caridade que
Não fazem....trocas por interesses ....Introduz nos
Ritos, a droga, maconha, cocaína, cachaça, etc...Não tendo o menor
Escrúpulo com o ser humano....
Eles, vivem aferrados ao conforto da matéria e a gula do dinheiro...
Eles não têm convicção.

Assim Filho meu, foi, para esses todos que viste cair, uma a uma, as
SETE LÁGRIMAS DE PAI PRETO,
E, então, com minha alma em pranto, tornei a perguntar:
Não tens mais nada a dizer, Pai Preto?
E, daquela “forma velha”, vi um véu caindo num clarão intenso
Que ofuscava tanto, ouvi mais uma vez:
Mando a luz da minha transfiguração para aqueles que,
Esquecidos pensam que estão...
Estes formam a maior parte dessas multidões...
São os “humildes”, os “simples” e estão na Religião pela Religião,
Na confiança pela razão ...
São os seus Filhos de Fé...
São, também, os “aparelhos”e “Òrìsàs” trabalhadores e silenciosos,
Cujas ferramentas chamam-se “Dom e Fé” !

segunda-feira, 9 de maio de 2011

DIALOGO COM UM EXECUTOR-RUBENS SARACENI

 
Capítulo 1       O Acidente
1°. de agosto de 1953, porto de  Santos.De um enorme cargueiro europeu, descarregaram vários carros luxuosos importados da Itália. Eram automóveis requintados, que nem por sonho teríamos aqui no Brasil então.Eram oito automóveis, e teríamos que entregá-los em várias regiões do estado de São Paulo, e em outrosestados limítrofes.Eu, Mário Silva Ventura, neto de italianos, era motorista da agência importadora e guiava um deles até o seunovo proprietário. Três dias depois do desembarque dos automóveis, os papéis alfandegários chegaram, e logocomeçaram a ser despachados pela agência importadora.Um deles foi confiado a mim, e com os papéis nas mãos, eu e mais um amigo partimos rumo a São Paulo,Capital. Assim que chegássemos, iríamos tomar a direção do estado de Minas Gerais. Íamos em dois, pois nãodeveríamos parar antes de entregá-lo ao seu comprador, um secretário de estado mineiro.Era um deputado riquíssimo que possuía imensas fazendas naquele estado e exercia o cargo de secretário denegócios do interior. Seu nome pouco importa, pois nem gosto de relembrá-lo, e logo você saberá o porquê.Bem, chegamos a São Paulo, almoçamos e reabastecemos o carro para então iniciarmos a longa viagem atéBelo Horizonte. Como não iríamos parar senão para comer e reabastecer o veículo, nos revezaríamos no volante.Hoje essa viagem pode ser fácil, mas não em 1953. As longas viagens eram difíceis, e meu companheirotambém era mecânico porque se algo acontecesse no caminho, não teríamos a quem recorrer para o conserto que sefizesse necessário.Viajamos o resto da tarde e só paramos já ao anoitecer. Jantamos e reabastecemos o carro. Dali em diante,eu dirigiria até o amanhecer. Meu amigo iria cochilar. Quando eu me cansasse, ele assumiria o volante até BeloHorizonte.No silêncio da noite, eu dirigia com atenção pela tortuosa rodovia. A velocidade não era superior aos 60 kmhorários, pois éramos proibidos de ultrapassá-los pelo importador, que temia qualquer dano aos seus luxuososveículos.Por volta das três horas da manhã, já em solo mineiro, eu vi vindo em sentido contrário, um veículo queparecia ser um caminhão. Vinha em alta velocidade e aquela hora e local eram impróprios para fazer tal coisa.Por descuido ou má intenção, ele jogou o veículo em minha direção quando estava a menos de vinte metros.Fiz uma manobra rápida na tentativa de sair de sua frente e despenquei por uma íngreme ribanceira. Meu amigodormia no banco traseiro e acordou com os solavancos do carro que despencava ladeira abaixo e com os meus gritosde susto e medo.Tudo foi muito rápido. Senti uma forte pancada na cabeça, ficando desacordado dentro do carro. Ainda sentiquando me retiraram do meio das latarias retorcidas, mas estava muito tonto, e caí desacordado no solo novamente.Algum tempo depois, quanto eu não sei, acordei. Estava deitado perto de uma árvore e meu corpo e minhacabeça doíam muito. Vi várias pessoas em volta do carro. Lá estava meu companheiro de viagem, com um braço e acabeça enfaixados. Gesticulava muito com o braço direito e falava sem parar, mas eu não ouvia o que ele dizia poisestava muito longe de mim.Vi o tal secretário irado por ver o carro todo retorcido. Quando tentei me levantar, uma dor imensa na cabeçaobrigou-me a ficar deitado imóvel. Em dado momento, eles se aproximaram de mim, e então pude ouvir o que diziam.Marcos, o meu companheiro dizia:- Isto é impossível! Eu dormia no banco de traz e teria sentido se Mário estivesse fazendo tal coisa.- Pois é a pura verdade, senhor secretário! - justificou-se um homem.- Ele começou a levar o carro de um lado para o outro da pista, e fiquei sem saber se ficava no meu lado oume desviava. Quando tentei desviar para a outra faixa de direção, ele também a tomou, e foi direto para fora daestrada. Eu "ferrei" o caminhão, mas só evitei a colisão, e não tive a menor culpa por sua queda neste abismo.- É mentira! - falei eu com dificuldade, pois mal conseguia respirar. Aquela tentativa de me defender causou-me muita dor. Calei-me.- Este idiota mereceu morrer! - gritou irado o secretário de estado.- Vejam o que fez ao meu lindo automóvel. Filho de uma P...! Deviam estar bêbados, divertindo-se com meucarro....
QUER SABER MAIS????
CLIQUE NA IMAGEM E BAIXE O LIVRO


TAMBORES DE ANGOLA-ROBSON PINHEIRO

Para o bem não há fronteiras...
Num mundo onde a ignorância e o sofrimento abrem chagas no coração
humano, o chamado da espiritualidade ecoa em nós de forma a rasgar o véu do preconceito
espiritual.
A seara, de extensão condizentes com as nossas necessidades de evolução,
espera corações fortalecidas no propósito de servir sem distinções.
A humanidade desencarnada, despidas de dogmas e limitações, abre-se em
realização plena em favor daqueles ainda presos a conceitos inibidores da alma.
Pretos-velhos, doutores, caboclos, pintores, filósofos, cientistas e uma gama
infinita de companheiro, chegam a nós demonstrando a necessidade urgente de fazer algo,
movimentando em nós mesmos, em favor do próximo, os recursos que promovam a libertação
das criaturas.
Ao abrir as páginas desta obra, encontrará corações simples, anônimos,
porém envoltos pela força da fé no Criador e sinceramente no coração, em fazer o bem pelo
bem.
João Cobú
(Pai João)

GOSTARIA DE LER UM POUCO MAIS,CLIQUE NA IMAGEM E BAIXE O LIVRO




Aruanda-Robson Pinheiro

Ele era um jovem como qualquer outro de sua época. Naqueles dias de início de século,
acompanhava com satisfação e interesse as notícias a respeito de outros rapazes que
ingressariam na Escola Naval. Era seu sonho trabalhar na Marinha, principalmente após
concluir o curso propedêutico e já contar 17 anos de idade.
Contudo, alguma coisa parecia querer modificar seus planos. Algo estranho ocorria em seu
interior; vozes pareciam repercutir em sua mente, e ele temia estar ficando louco. Como
compartilhar esse fato com seus pais?
Mesmo assim resolveu que iria ingressar na escola da Marinha. Não poderia voltar atrás com
seu sonho.
Começou então a caminhada em direção a seu ideal, que se esboçava naqueles dias que
marcaram o ano de 1908, início do século XX.
Zélio de Moraes era um jovem sonhador.
Mas algo marcava profundamente o psiquismo do rapaz - ”uma espécie de ataque”, como
classificava a família.
- Vez ou outra Zélio parece ficar desmiolado - dizia a mãe.
Ele falava coisas incompreensíveis e parecia ficar todo torto, encurvado mesmo.
- Será que o menino está sofrendo da espinha? - alguém da família perguntou, certa ocasião.
Não havia mais como disfarçar a situação, pois os ataques se repetiam com maior freqüência.
O jeito era levar o rapaz para uma consulta com o Epaminondas. Era um tio de Zélio, que
trabalhava como coordenador do hospício de Vargem Grande.
Em uma conversa do Dr. Epaminondas com o pai de Zélio, o médico relatou:
- Nunca vi coisa desse jeito. O menino se modifica todo, e, para mim, ele não se enquadra em
nada que a ciência consiga explicar.
- Mas se continuar assim ele vai acabar interrompendo seu curso na Escola Naval! O que fazer
com esse menino? Será coisa do demônio? - indagava o pai, aflito.
- Sei lá. De demônio eu não entendo nada. Imagine que, durante os dias em que examinei
Zélio, ele começou a falar com um sotaque diferente, parecendo um velho que mal sabia falar
português. Ele chegou até a dar umas receitas esquisitas de ervas e banhos, chás e outras
coisas. Dizia, num linguajar estranho, que a recomendação era para um outro paciente que
sofria de ”mal da cabeça”...
- Deus me livre, Epaminondas! Esse menino está é com a cabeça afetada mesmo - respondia
a mãe.
Zélio de Moraes retornou novamente à família após os exames do Dr. Epaminondas. Nada
resolveu.
Nova tentativa deveria realizar-se. Zélio foi encaminhado a um padre da família. Exorcismos e
benzeduras foram feitos, mas nada de o demônio sair; em breve chegariam à conclusão de
que nada daquilo surtiria efeito. Mesmo o padre desistiu logo, pois percebeu que suas rezas
não valiam para aquele caso. Durante uma das sessões com o padre, Zélio estremeceu todo,
encurvou-se e deu uma risada gostosa:
- Ih, seu padre, nóis já se conhece de outros tempo, né, zinfio?
- Conhece de onde? Eu não tenho parte com o diabo, não.
- Hi! Hi! Não é o diabo não, seu padre, é ieu memo. Um véio bem maroto.
O padre benzeu a si próprio e deixou Zélio dentro da igreja, abandonando-a sem nada
compreender. O rapaz novamente retorna ao lar, após o insucesso das tentativas
paroquianas. Ainda bem que o padre era membro da família, senão o infeliz teria um outro
fim. Outras técnicas e exorcismos foram aplicados, mas o tal demônio de fala mansa não
arredava pé: Zélio não melhorava de jeito nenhum.
A família, desesperada, já procurava qualquer tipo de ajuda. Sem importar de onde vinha, se
fosse para ajudar a resolver o caso de Zélio, qualquer auxílio seria bem-vindo. Não mais
adiantavam benzeção, consulta com médico ou conselho de padre. Precisavam encontrar uma
explicação e, principalmente, a cura para o estranho mal que acometera o rapaz...............





sábado, 7 de maio de 2011

EXU



EXU

Ao passar na encruzilhada,
em noite de lua cheia,
no silêncio da escuridão,
ouvi uma gargalhada.
Era um homem vestido de negro.
Tinha um tridente na mão,
e usava uma capa encarnada.

Ao questioná-lo quem era,
sorriu, e falou assim:
Para si, meu nome é Exu,
mas muitos me chamam de Fera.
Sou guardião dos caminhos,
sou carrasco dos perdidos,
de todos eu estou á espera.

Em tempos, já fui seu igual.
Hoje vivo no mundo dos mortos,
mas caminho no meio dos vivos.
Conheço o bem, mas também o mal.
Ajudo quem pede, se for de justiça.
Puno a maldade, puno a vaidade, e puno a cobiça.
Exu é meu nome, me chame de tal!
(Livro Orixás em Poesia)

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcMyZghhL8BtW5eXBt7cV7y0aj8O2dWHzQeh-i4nRwxqvpEx-MEXBOirYwTH3LH8aVetHEm3IQM45A7wrWvoeX8Dx3HTQD_tEWQJqBH3YzfgA1y2ENWe2mxAwCWia5Tu3euO2-8G6eFoez/s320/Ex%C3%BA+Caveira.jpg                                                                         
SALVE SEU JOÃO CAVEIRA

quinta-feira, 5 de maio de 2011

PONTOS DE OGUM


ogum
Pontos Individuais
 
 BEIRA MAR

Beira Mar, auê Beira Mar
Ogum já jurou bandeira
Nas matas do Humaitá
Ogum já venceu demanda
Vamos todos saravá
Beira Mar, auê Beira Mar
Eu estava na minha gira
Eu estava no meu Congá
Eu estava na minha gira
Vamos todos saravá
Beira Mar, auê Beira Mar

 BEIRA MAR

A sua espada brilha no raiar do dia
Seu Beira Mar é filho da Virgem Maria
Seu Beira Mar, beirando a areia
Seu Beira Mar é filho da mamãe sereia

 MEGÊ

Ogum Megê, general de Umbanda
Com seu cavalo Seu Ogum foi guerrear
Com sua espada, com sua lança
Venceu demanda nos campos de Humaitá
Ogum Megê

 MEGÊ

Na porta da Romaria
Eu vi um cavaleiro de ronda
Trazia um escudo no peito uma lança na mão
Ogum venceu a guerra e matou o dragão
A primeira espada quem ganhou foi ele
Mas ele é, ele é Ogum Megê
Ele vem de Aruanda
Pros seus filhos proteger

 SETE ONDAS

Ogum de lei,
Não me deixe sofrer tanto assim meu pai
Quando eu morrer vou passar na Aruanda
Saravá Ogum, saravá Seu Sete Ondas

 NARUÊ

Magia, magia que faz o meu corpo tremer
Magia, magia que chega em silêncio
Sem a gente ver
É o Senhor Ogum
É o rei da magia que vem nos socorrer
É o Senhor Ogum
Quem vence a magia é Ogum Naruê,
Ogunhê

 IARA

Se meu pai é Ogum, Ogum
Vencedor de demanda
Ele vem de Aruanda
Pra salvar filhos de Umbanda
Ogum, Ogum, Ogum, Ogum Iara
Salve os campos de batalha
Salve as sereias do mar
Ogum, Ogum Iara

 IARA

Seu cavalo corre, sua espada reluz
Sua bandeira cobre todos os filhos de Jesus
O seu cavalo corre, sua espada reluz
Auê, Ogum Iara aos pés da Santa Cruz

 BEIRA RIO

Beira Rio, Beira Rio, Beira Mar
O que se ganha de Ogum
Só Ogum pode tirar
Seu Ogum de Ronda ele vem girar
E vem trazendo folhas
Pra descarregar

AKUAN

Ogum chamou das matas
Akuan pra trabalhar
Sua lança e sua flecha
São armas deste Congá
É vencedor de demanda
E seus filhos vem salvar
É guerreiro, é valente
Vamos todos saravar.

 BEIRA MAR

Seu Ogum Beira Mar
O que trouxe do mar?
Quando ele vem beirando a areia
Vem trazendo no braço direito
O rosário da mãe Sereia

 BEIRA MAR

Auê, auê Ogum Beira Mar, auê
Iansã virou o tempo
Pra Ogum não governar
Mas durante o barravento
Oxum se pôs a cantar

 BEIRA MAR

Meu Pai, que guerreiro é esse
Que vence na terra
Que vence no mar
Ele é lanceiro, ele é flecheiro
Ele é marinheiro, ele é de Yemanjá
Salve esse guerreiro
Saravá Seu Ogum Beira Mar
 BEIRA-MAR

Ogum, Iansã, Xangô, Yemanjá
Salve os Caboclos das matas
Salve Seu Ogum Beira-Mar

 BEIRA-MAR

Ogum Beira-Mar o que trouxe do mar?
Quando ele vem do mar, na mão direita
Ele traz uma guia de mamãe sereia

 BEIRA-MAR

Estrela clareia a terra
Estrela clareia o mar
Clareia o Congá de Beira-Mar clareia
Clareia os filhos do seu Congá

 BEIRA-MAR

Quando Ogum pisou na lua
Fez tremer a terra
Nos campos de batalha
Seu Ogum venceu a guerra
Ê ê ê... ê ê ê
Vamos saravar nosso pai Seu Beira-Mar

 BEIRA-MAR

Sua espada rebrilha e rebrilha no mar
Seu Ogum é guerreiro e só pode brilhar
Na sua morada que lhe deu Yemanjá
Seu Ogum Beira-Mar vem a seu filho ajudar

 BEIRA-MAR

Beira-Mar, auê, Beira-Mar
Beira-Mar, quem está de ronda é militar
Ogum já jurou bandeira
Nas matas de Humaitá
Ogum já venceu demanda
Vamos todos saravar

 BEIRA-MAR

Minha espada é de aço,
Minha espada vai brilhar
Minha espada é de fogo e Ogum Beira-Mar

 BEIRA-MAR

Na lua mora um cavaleiro
É, é, é o seu Ogum guerreiro
Oi lá na lua tem, oi lá na lua há
Oi lá na lua mora seu Ogum Beira-Mar
Oi saravá Ogum e a falange de Yemanjá
Oi lá na lua mora seu Ogum Beira-Mar

 MEGÊ

Oxóssi assobiou
Pra passar no Humaitá
Pra falar com Ogum Megê
Mensageiro de Oxalá
 MEGÊ

Ogum Megê, Ogum Megê
Ogum Iara
Saravá cavaleiros de Umbanda
A noite é linda, é de luar
Ogum Megê, Ogum Megê
É que vai chegar

 MEGÊ

Não bota fogo que é de Oxalá
Não quebre a pedra que é de Xangô
Não facilite com filho de pemba
Ogum Megê sempre foi vencedor

 MEGÊ

Lá vem Ogum em seu cavalo
Com sua espada e sua lança na mão
A mata é vossa, deixa correr
E vamos saravar Ogum Megê

 MEGÊ

Ele vem de longe montado em seu cavalo
Com sua espada na cinta ele vem pra guerrear
Ele guerreia por este mundo
O seu nome é Ogum Megê neste Congá

 MEGÊ

O homem que bebe e fuma ô Ganga
É Ogum Megê ô Ganga
Xerê, xerê, xerê ô Ganga
É Ogum Megê ô Ganga

 MATINATA

Quem vem de lá?
Quem vem lá de tão longe?
Ele é Ogum Matinata
Que vem no reino saravar

 MATINATA

Que Ogum é aquele
Que vem cavalgando no céu azul
É Ogum Matinata
Ele é defensor do Cruzeiro do Sul
Com a espada na cinta
Escudo no braço ele vem cavalgando
É Ogum Matinata
Ele é o defensor do Cruzeiro do Sul

 GUARACY

Salve a falange do Caboclo Guaracy
Deus do céu permita
Que ele chegue até aqui
Salve Tupã, Itatiaia e Poti
Salve Blazô e viva Guaracy
Salve o Sol, salve as estrelas e o Cruzeiro
Salve Guaracy que chegou neste terreiro

ROMPE MATO

A sua terra é longe
Uma estrela brilhou
Mas o seu filho de Umbanda
Já lhe procurou
Oi, já lhe procurou
Cadê Seu Rompe Mato de Umbanda
Que até agora ainda não chegou
Ainda não chegou
Cadê Seu Rompe Mato de Umbanda
Que até agora ainda não chegou

 ROMPE MATO

Que cavaleiro é aquele
Que vem cavalgando no céu azul
É Seu Ogum Rompe Mato
Ele é defensor do Cruzeiro do Sul
E, e, e, e, e, a
Pisa na Umbanda, oi Canjira
Pisa no Congá

ROMPE MATO

Ouvi o toque do clarim lá no Humaitá
Toque do maior do dia
Meu pai é Ogum Rompe Mato
Filho da Virgem Maria

 ROMPE MATO

Eu vi raiar do dia, eu vi estrela brilhar
Eu vi Seu Rompe Mato, Ogum das matas
Vir morar à beira-mar

 ROMPE MATO

Ogum disse que ele é Rompe Mato
É Rompe Mato auê, ele é Rompe Mato
Porque rompe as matas auê
É Rompe Mato auê, saravá Ogum Rompe Mato

 ROMPE MATO

Ogum Iara, Ogum Megê
Onde está Seu Rompe Mato auê
Abre a gira de Umbanda auê

 SETE ONDAS

Oh filhos de Umbanda
Seu Sete Ondas vem do Humaitá
Que bela surpresa
Vem de Aruanda nos abençoar
Oh bela surpresa
Bela surpresa, como está você
Que bela surpresa!
Vem da Aruanda pra nos proteger

 SETE ONDAS

Estava na beira da praia
Quando vi Sete Ondas passar
Abra a porta oh gente que aí vem Ogum
No seu cavalo branco ele veio saravar

 TUCURUVU

Aí vem Tucuruvu
Ele é filho das selvas das linhas de Ogum
Chegou Tucuruvu
Ele é filho das selvas das linhas de Ogum
É Ogum de Cariri 4x

 OGUM SETE ESTRELAS

Eh cavaleiro de Umbanda
Ogum vencedor de demanda
Salve os filhos de mamãe sereia
Seu Ogum Sete Estrelas
Ilumina meu congá.

 OGUM SETE ESPADAS

Eu tenho Sete Espadas pra me defender
Eu tenho Ogum em minha companhia
Mas Ogum é meu Pai, Ogum é meu guia
Ogum vai baixar
Na fé de Zambi e da Virgem Maria

 OGUM NARUÊ

Ei gente de Umbanda
Sopra o vento no mar
Baixou Ogum Naruê
Chegou a falange dos filhos de Umbanda
Baixou Ogum Naruê

 AKUAN

Akuan, Akuan, caboclo guerreiro
Altivo e bom companheiro
Akuan, Akuan
Amigo de dar a mão
Irmão, de dividir o prato
Retrato da Consolação
Oxalá abençoe teu coração
Salve Ogum...Salve São Miguel
Mamãe Oxum, Akuan, me põe no céu
AKUAN!...

 AKUAN

Seu Akuan é caboclo guerreiro
Ele vem na falange de Ogum
Ele olha por todos seus filhos, meu pai
E não esquece de nenhum
Ele gira com o sol e com a lua
Ele gira com a terra e com o mar
Ele vem com sua falange, meu pai
Pra firmar o seu Jacutá

 DA PANTERA

Ninguém domina o bicho
Ninguém domina a fera
Porque ninguém pode
Com o Caboclo da Pantera
Caboclo não veio
Nem com o corisco do trovão
Mas mandou Seu Akuan
Que é seu guardião

 CURUGUÇU

Eu vem lá da Aruanda
Trazendo a luz, a luz da Umbanda
Eu vem com o clarim de Ogum
Anunciar que a Umbanda vai chegar
Eu é caboclo de Umbanda
Eu vem do Cruzeiro do Sul
Eu é caboclo Curuguçu
Meu grito já ecoou
É a Umbanda que chegou
Meu grito ecoou
Pai Oxalá quem me mandou
Eu é Curuguçu
Da corrente de Ogum
Que aqui chegou

 OGUM DE RONDA

Um cavaleiro na porta bateu
Passei a mão na pemba para ver quem é
Era seu Ogum de Ronda
Ogum é a força maior
Pontos de Linha

 1. SAUDAÇÃO A OGUM

Saravá São Jorge, ogum-iê-ô
Saravá Ogum, ogum-iê-ô
Ô-ô, ô-ô, ogum-iê-ô 4x
Salve Ogum Akuan, ogum-iê-ô
Salve Ogum Yara, ogum-iê-ô
Salve Ogum Naruê, ogum-iê-ô
E Seu Beira Mar, ogum-iê-ô
Ô-ô, ô-ô, ogum-iê-ô 4x
Salve Ogum de Lei, ogum-iê-ô
Salve Ogum Nagô, ogum-iê-ô
Salve Ogum Megê, ogum-iê-ô
E seu Matinata, ogum-iê-ô
Ô-ô, ô-ô, ogum-iê-ô 4x

 2.

Filho de pemba bebe água no rochedo
Filho de Ogum corre campo
E não tem medo
Eu vou pedir ao Criador
Que derrame o seu amor
Aos nossos guias e ao nosso Babalaô

 3.

Pisa na linha de Umbanda
Que eu quero ver Ogum Sete Ondas
Pisa na linha de Umbanda
Que eu quero ver Ogum Beira Mar
Pisa na linha de Umbanda
Que eu quero ver seu Sete Espadas
Ogum Iara, Ogum Megê
Olha a banda aruê
Pisa na linha de Umbanda
Que eu quero ver Ogum Matinata
Pisa na linha de Umbanda
Que eu quero ver Ogum Sete Estrelas
Pisa na linha de Umbanda
Que eu quero ver seu Rompe Mato
Ogum Iara, Ogum Megê
Olha a banda aruê

4.

Por entre matas, por entre mares e terras
Eu entendi o que meu Pai quis dizer
Que Ogum não devia beber
Que Ogum não devia fumar
Mas a fumaça são as nuvens que passam
E a espuma, as ondas do mar

 5.

Se meu pai é Ogum vencedor de demanda
Ele vem de Aruanda
Pra salvar filhos de Umbanda
Ogum, Ogum, Ogum, Ogum Iara
Ogum Megê, Ogum de Lei

 6.

Ogum, guardai pedreiras mandado por Oxalá
Com a espada e com a lança, Ogum
Seus filhos vem ajudar, Ogum

 7.

Oxalá está chamando
Ogum lá no Humaitá
Pra lhe dar uma bandeira
E mandar ele jurar
Se ele é capitão, ele vem jurar
Se for de Angola, também vai jurar
Se for Ogum de Lei, ele vai jurar
E se for de Nagô, também vai jurar

 8.

Yemanjá cadê Ogum
Foi com Oxóssi ao Rio Jordão
Foram saudar São João Batista
E batizar Cosme e Damião

 9.

Ogum Iara, Ogum Megê,
Olha Ogum Rompe Mato, auê
Ogum Iara, Ogum Megê,
Tranca gira de Umbanda, auê.

 10.

Ogum já venceu, já venceu, já venceu
Ogum vem de Aruanda
E quem lhe manda é Deus
Ele vem beirando o rio
Ele vem beirando o mar
Oi salve Santo Antônio na Calunga
Benedito e Beira Mar
 11.

De quem sou eu, meu Pai me diga lá
Me diga lá, Obatalá
Eu sou da terra, sou do vento ou sou do mar
Sete cavaleiros, todos sete encantados
Filhos da inocência, pai de todos os pecados
Sete feiticeiros, sete cores da manhã
São guerreiros e amantes,
Companheiros de Tupã
Sete cavaleiros, todos sete concebidos
Pela chama dos amantes,
Pelo medo dos vencidos
Sete bandoleiros, eram sete, resta um
Vem chegando triunfante
Num cavalo de Ogum

 12.

Lua bonita que clareia o mundo inteiro
E São Jorge no espaço, iluminai este terreiro
Oh meu São Jorge
Os seus filhos vêm chegando
Os seus filhos vêm descendo
Protegei esses irmãos
Ele é guerreiro, ele quebra macumbeiros
Ele quebra os feiticeiros, debaixo do alazão
 13.

Quem está de ronda é São Jorge
Deixa São Jorge rondar
São Jorge é guerreiro
Que manda na terra e manda no mar
Saravá, meu pai, girar é bom 3x
É bom girar

 14.

Bendito guerreiro São Jorge
Que traz na espada o sinal da cruz
Trazendo a paz e a harmonia
Aos filhos benditos de Jesus
Ó São Jorge
Com sua espada de luz
Salvai os vossos filhos
Em nome da Santa Cruz

 15.

Em seu cavalo branco ele vem montado
Calçado de botas ele vem armado
Vinde, vinde, vinde
São Jorge é nosso protetor
 16.

No alto da romaria
Eu vi um cavaleiro de ronda
Mas ele é São Jorge
São Jorge o nosso protetor
 17.

Ogum venceu a guerra
Ogum é ordenança de Oxalá
Quando Ogum vem de Aruanda
Ele vem na Umbanda
Pra seus filhos abençoar
Saravá Ogum Megê
Saravá Ogum Sete Ondas
Saravá Ogum Iara
Saravá Seu Beira-Mar

 18.

No Humaitá, no Humaitá
É o rei de Umbanda
São Jorge venceu demanda
Seu cavalo branco
Sua espada e seu escudo
Rompendo cerca de espinhos
Porta fechada

 19.

Ele é soldado de cavalaria
Tem muitos anos de infantaria
É capitão, é o maior do dia
É ordenança da Virgem Maria

 20.

No Humaitá, no Humaitá
É o rei de Umbanda
São Jorge venceu demanda
Seu cavalo branco, sua espada e seu escudo
Rompendo cerca de espinhos, porta fechada

 21.

Foi lá no Humaitá aonde Ogum guerreou
Foi lá no alto mar que Yemanjá o coroou

 22.

Oh Jorge, oh Jorge, vem de Aruanda
Tem compaixão de seus filhos
São Jorge venceu demanda
Ogum, Ogum, Ogum meu pai
Foi o senhor mesmo quem disse
Filho de Umbanda não cai
 23.

Marchai, marchai Ogum do dia
Com a estrela D’Alva e a Virgem Maria
Oh, vem com a sua espada
Trazer a fé aos filhos
Que se acham em agonia

 24.

Ô mamãe eu vi um lindo menino
Ia montado em um cavalo branco
Ô mamãe que santo eu vi?
São Jorge passou por aqui

 25.

São Jorge é guerreiro de Umbanda
Ele segura a sua espada no ar
Ele ganhou a sua lança de ouro
Pois venceu demanda no campo do Humaitá

26.

Oh quem tem guia, guiou
Oh quem tem guia guiou mesmo
Papai Ogum marchou pra guerra
Oxalá deu carta branca
Ogum venceu na guerra
Seu filho venceu demanda

 27.

Ogum, Ogum vem de Aruanda
Vem salvar os vossos filhos
Em nossa lei de Umbanda
Filho de pemba não cai

 28.

Ogum quando vem lá de Aruanda
Traz uma espada e uma lança na mão
Ogum é cavaleiro
Venceu a guerra e matou o dragão
Ele é São Jorge guerreiro
Guerreiro no Humaitá
No terreiro de Umbanda
Vem seus filhos saravar

 29.

Quando Ogum apontou na terra
Sua espada brilhou na Umbanda
Pela fé acabou com a guerra
E seus filhos venceram demanda

 30.

Longe, bem longe um cavaleiro surgia
Ele é São Jorge filho da Virgem Maria
A sua espada é de ouro, sua coroa é de lei
Mas ele é São Jorge filho da Virgem Maria

 31.

Ogum e mamãe sereia
São dois cabos de guerra
Sereia é rainha do mar
Ogum é rei na terra

 32.

Tem cangerê, tem cangerê na terra
Eu chamo Seu Ogum para me ajudar
Os inimigos estão fazendo guerra
Eu chamo Seu Ogum para guerrear
Odé, odé, odé Ogum Rompe Mato
Beira-Mar, Ogum Megê
Salve Ogum na força e na lei
Salve Ogum de Ronda, Sete Ondas e Naruê

 33.

Ogum de Lei, Zambi quem manda
Corre a gira na porteira
Pra salvar filhos de Umbanda

 34.

Mamãe que cavaleiro é aquele
Que pisa com arrogância nesta terra?
Mas ele é Ogum Megê
Que veio da batalha com sua lança de guerra

 35.

Bandeira branca de Ogum
Que está hasteada lá no Humaitá
Representando general de Umbanda
Ogum venceu demanda
Nos campos de Humaitá

 36.

Pai Ogum, General lá de Aruanda
Pai Ogum, é vencedor de demanda
Pai Ogum, vence todo quimbandeiro
Pai Ogum, herói do nosso terreiro
Em seu cavalo vem da Aruanda
Para defender toda a sua banda

 37.

Ogum de Lei, Orixá de Lei
Ê ê ê a a
Salve a coroa de Ogum de Lei
Ogum de Lei

Ogum de Nagô

 38.

Nesta casa de guerreiro, Ogum
Vim de longe pra rezar, Ogum
Rogo a Deus pelos doentes, Ogum
Na fé de Obatalá, Ogum
Ogum salve a casa santa, Ogum
Os presentes e os ausentes, Ogum
Salve nossas esperanças, Ogum
Salve os velhos e crianças, Ogum
Nego velho ensinou, Ogum
Na cartilha de Aruanda, Ogum
E Ogum não esqueceu, Ogum
Como vencer as demandas, Ogum
A tristeza foi embora, Ogum
Na espada de um guerreiro, Ogum
E a luz do romper da aurora, Ogum
Vai brilhar neste terreiro

 39.

Quem está de ronda é São Jorge
São Jorge é quem vem rondar
Abre a porta ô minha gente
Deixa a falange de São Jorge entrar
Quem está de ronda é São Jorge
Toda noite, todo dia
Quem está de ronda é São Jorge
Nossa Senhora da Guia
Quem está de ronda é São Jorge
Minha mãe diga o que é
Quem está de ronda é São Jorge
Velando os filhos de fé

 40.

Ele vem beirando o mar
Ou ele vem beirando a areia
Ogum, Ogum, Ogum
Saravá na sua aldeia

 41.

Seu Ogum de Ronda
Já mandar rodar, mariô

 42.

Lanceiros de Umbanda
Ouvi os seus clarins
Avançai todos os lanceiros
Que Ogum já vêm aí

 43.

Ele jurou bandeira, ele tocou clarim
E o exército todo, é comandado por Ogum
Salv Ogum Iara, salve Ogum Megê
Salve Ogum Matinata, salve Ogum Naruê

 44.

Capitão da Mata mandou avisar
Caminho não tem, tempo não há
É militar que está de ronda
É militar

 45.

Eu tenho sete espadas pra me defender
Eu tenho Ogum em minha companhia
Mas Ogum é meu Pai, Ogum é meu Guia
Ogum vai baixar
Na fé de Zambi e da Virgem Maria

Subida

 1.

Ogum já me Saravou...ohooo...
Ogum já me abençoou
Filhos de Pemba, a Umbanda chora
É o Seu Ogum que já vai embora
A Umbanda gira, gira, gira, girê
A Umbanda gira, gira, gira, girá
 2.

Selei, selei (eles)
O seu cavalo eu selei (elas)
Meu Pai Ogum já vai embora (eles)
O seu cavalo eu selei... (elas)

 3.

Seu sentinela veio avisar
Seu cavalo está selado
Para Ogum ir viajar
Como é bonito o romper da aurora
Seu Ogum vai cavalgando
Pela estrada afora
 4.

Mandei selar o seu cavalo
Para seu Ogum viajar
Ele vai para a cidade de Aruanda, ele vai
Ele vai, mas ele torna a voltar

 5.

Seu Ogum vai, vai
Vai, deixa saudades
Seu Ogum vai
Sua banda, ela lhe chama
Seu Ogum vai
Descobrir se tem demanda
Tenda

PONTOS DE IANSÃ


Minha mãe Iansã

PRECE A IANSÃ

Saravá Iansã a grande guerreira, Orixá do raio
e do vento, que ajuda com sua energia vencer
as lutas e as dificuldades.
Saravá Senhora Rainha dos ventos
proteja todos nós.
Oyá Deusa do rio Niger, senhora dos ventos
e das tempestades. Coloco em tuas mãos minhas
ações na luz de tua luz, eu te consagro todos
os minutos e horas desse dia, meus trabalhos,
minhas preocupações, meus desejos,
os meus laseres são teus.
Daí - me hoje a tua luz poderosa para que eu
compreenda todo bem que preciso fazer e tenha
força para não ceder o mal que tenta bater em
minha porta, que eu consiga ser mais fraterno,
mais irmão, mais compreensivo e capaz de perdoar.
Dirija meus passos no caminho do bem e do amor,
e hoje mais que ontem todos nós possamos contar
com sua orientação, com a tua benção,
com o teu amor.

Com tua espada haveremos de cortar as demandas
dos invejosos, dos falsos, dos inimigos, dos olhos
grandes, que necessitam de enxergar a verdade.
Dando conformação aqueles que sofrem, com a
força dos teus raios, nós te pedimos, que acenda
a chama da vida dos que estão desenganados,
de a eles força para continuar lutando na cura
de seus males.
Saravá Iansã majestosa Senhora, a vossa proteção
em vosso louvor em brado unidos saudamos.
Êparrei  minha Mãe IANSÃ !



Pontos Individuais
 
 CABOCLO DA LUA E DO SOL
 
Caboclo da Lua, Caboclo do Sol
São irmãos Gêmeos como Cosme e Damião
Povo de Umbanda manda, mas não vai
Filho de Umbanda tomba, mas não cai.
 
Pontos de Linha
 1.

Iansã, Orixá de Umbanda
Rainha de nosso Congá
Saravá Iansã lá na Aruanda
Eparrei, eparrei
Iansã venceu demanda
Iansã, saravá Pai Xangô
No céu trovão roncou
E lá na mata o leão bradou
Saravá Iansã, saravá Xangô

 2.

Oh, Iansã menina, é do cabelo louro.
Sua espada é de prata, sua coroa é de ouro.

 3.

Eram duas ventarolas
Duas ventarolas ventando o mar
Uma era Iansã, ô Eparrei
A outra era Yemanjá, oh dociá
 
 4.

Eram duas ventarolas
Que ventavam para o mar
Se a minha é Iansã, o Eparrei
Agora que eu quero ver
 
 5.

Iansã tem um leque que venta
Pra abanar dias de calor
Iansã mora na pedreira
Eu quero ver meu pai Xangô

 6.

Iansã cadê Ogum? Foi pro mar
Iansã penteia os seus cabelos macios
Quando a luz da lua cheia
Clareia as águas do rio
Ogum sonhava com a filha de Nanã
E pensava que as estrelas
Eram os olhos de Iansã
Mas Iansã, cadê Ogum? Foi pro mar 3x
Na terra dos Orixás, o amor se dividia
Entre um Deus que era de paz
E outro que combatia
Como a luta só termina
Quando existe um vencedor
Iansã virou rainha
Da coroa de Xangô
Mas Iansã, cadê Ogum? Foi pro mar ....

 7.

Ventou nas matas ventou nas pedreiras
Que vento forte nas cachoeiras
Não é Oxóssi, nem é Xangô
É Iansã com seu patakotô
Deusa dos ventos e do trovão
Oh minha mãe, quero sua proteção

 8.

Saravá Iansã dos cabelos louros
No seu mar tem água,
Na sua pedra tem ouro
Seu ariri, seu arirá
Saravá Iansã, a Rainha do Mar

9.

Na beira do cariri
Eu vi Xangô sentado
Com Yemanjá e Oxum
E Santa Bárbara ao seu lado
Na beira do cariri

 10.

Ela é a senhora dos ventos
Ela é a mais linda Orixá
Ela veio acalmar a tormenta
Quem mandou foi meu pai Oxalá
Iansã, minha mãe Iansã
Sua espada de ouro no céu brilhou
Iansã, minha mãe Iansã
Obrigada senhora
Porque a bonança chegou

 11.

Ela é Matemba, ela é Oiá
Ela é Iansã neste Jacutá
Ela é Matemba do cabelo louro
Senhora dos ventos, da espada de ouro

12.

Mas que caboclo é aquele
Ele vem de Aruanda
Ele vem trabalhar
Eparrei, Eparrei Iansã
Saravá a rainha do ar
Eparrei, Eparrei Iansã
Saravá a Mamãe Yemanjá

 13.

Moça rica, com sua estrela luminosa
Sua coroa, seu ramo de rosa
Umbanda ê! Umbanda á!
E minha Santa Bárbara rainha do Jacutá

 14.

Oh Iansã, é dona do Jacutá
Guena guena agogô, guena guena orirá

 15.

Eu vi Santa Bárbara no céu
A trovoada roncou lá no mar
Ai como gira meu Congo oiô
Gira com fé

 16.

Yemanjá é a rainha do mar
E minha Santa Bárbara é rainha do Jacutá
É rainha do Jacutá

 17.

Oh lírio, oh lírio, como lírio é
Na linha de Umbanda formosa ela é

 18.

Guena guena agogô
Vai na Angola girar
Minha sambarerê é quirombo
Santa Bárbara no Jacutá

 19.

Eparrei na Aruanda auê
Arerê na Aruanda auá
Salve Yemanjá que é a rainha do mar
Salve Xangô Kaô Kabecile
É de quá quá quá

 20.

É mina mina agogô
É de angomé, em terra de angomá
É de Santa Bárbara rainha do Jacutá

 21.

Auê venta aqui venta no mar
Santa Bárbara é rainha da seita
Ela é dona do seu Jacutá
Quando ela chega no reino
Filho da seita ela vem saravar

 22.

Espia o que vem pelo céu
Olha o que vem pelo mar
Mas ela é nossa mãe Iansã
Mas ela é dona do Jacutá

 23.

Vento, mas que ventania
Iansã é nossa mãe
Yemanjá é nossa guia

 24.
A sua espada é de ouro
A sua saia bem rodada
Ela vem na ventania
Santa Bárbara abençoada

 25.

Iansã chegou no reino
Chegou com a chuva e com vento
Ela é dona de Jacutá, veio saravar
Os seus filhos no Congá

 26.

Numa bela noite eu caminhava
Sozinho, pedindo proteção
Deu um relâmpago, o céu clareou
Me ajoelhei e Iansã me abençoou

 27.

Ela é moça bonita
Ela é dona do seu Jacutá
Auê, auê, auê
Oh mamãe de Aruanda
Segura esses filhos que eu quero ver

 28.

Ela é Santa Bárbara
Rainha do Jacutá
Arererê! Arererá
A mamãe de Aruanda já virou janga no mar

 29.

Eparrei Oiá
Dona do vento, mensageira de Oxalá
Eparrei Oiá, eparrei Oiá
Dona do vento, mensageira de Oxalá
Saravá Santa Guerreira
Deusa do fogo e da luz
Minha Santa Padroeira
Que meu destino conduz
Proteção para seus filhos
Eparrei Oiá
Moça rica da Umbanda
Venha nos abençoar

 30.

Iansã o seu leque é de ouro
Vem do céu, Oxalá quem mandou
Para salvar os seus filhos Iansã
Na hora da agonia e da dor

 31.

Moça rica com sua espada luminosa
Sua espada é cravejada de brilhantes
Quimbanda auê, quimbanda auá
Santa Bárbara do Jaracutá

 32.

Santa Bárbara virgem
Dos cabelos louros
Ela vem descendo
Pela escada de ouro

 33.

Saravá Iansã dos cabelos louros
Seu luar tem prata, sua coroa tem ouro
Auê, auê, auê, auá
Saravá Iansã, rainha do Jacutá

34.

Êh Iansã, só vós podeis me ajudar
Chame meu Pai Ogum
Mande ele vir me salvar, êh Iansã
Porque tem alguém trabalhando
Comigo querendo acabar, êh Iansã
Avisa meu Pai Oxalá, êh Iansã
Êh Iansã, avisa meu Pai Oxalá,
Eu peço justiça pra todos
Em nome de Xangô êh Iansã

 35.

Oiá, olha eu, Oiá, eparrei, eparrei Iansã
Viaja na ponta do vento
No corisco do trovão
Senhora da tempestade
Me dê sua proteção
Oiá, olha eu, Oiá, eparrei, eparrei Iansã
Vencedora de demanda
Ela é Orixá Guerreira
Na Coroa de Xangô
Yansã é a primeira
Oiá, olha eu, Oiá, eparrei, eparrei Iansã

Subida

 1.

O vento que te trouxe
É que te leva para o ar
Auê, auê, auê, seu canzuá

 2.

Beri, beri mas elas vão beirando o mar
Iansã já vai embora e elas vão beirando o mar
Beri, beri mas elas vão beirando o mar
Tenda