quarta-feira, 16 de maio de 2012
Os Mestres Ascensionados
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ORIXÁ EXU
Fundamentação do Mistério Exu na Umbanda
Em 1995 tive a oportunidade de ler algo novo para a Religião de
Umbanda, uma obra psicografada, O Cavaleiro da Estrela Guia. A
identificação foi tamanha que procurei os outros títulos do autor
Rubens Saraceni. Então, me chegou às mãos o título O Guardião da Meia
Noite, um romance que em poucas palavras, de uma forma agradável e
envolvente, nos esclarece sobre quem são as entidades que se apresentam
como Exu na Umbanda, que são Guardiões e protetores da Religião e de
seus adeptos. A publicação deste livro (N. da R.: Orixá Exu) é um marco
dentro da literatura umbandista, não apenas por ter aberto para a
religião o campo da obra psicografada, até então pouco ou quase nada
aproveitado, mas por trazer para o adepto o esclarecimento necessário e
a segurança para trabalhar com seu “Guardião da Lei” na Umbanda, e
para o não adepto, a desmistificação da entidade Exu. Logo, O Guardião
da Meia Noite se tornou a obra mais lida da literatura umbandista.
Rubens Saraceni não parou mais, publicou toda uma série de livros
sobre os Guardiões da Umbanda (Os Guardiões da Lei Divina, O Guardião
da Sétima Passagem, Guardião das Sete Encruzilhadas, O Guardião da
Pedra de Fogo, O Guardião das Sete Cruzes, O Guardião do Fogo Divino, O
Guardião dos Caminhos, Os Guardiões dos Sete Portais e Guardião Sete)
livros que mostram toda uma realidade vivida por estas entidades na
Umbanda e no astral.
Em 1996, mais uma vez inovando, Rubens
Saraceni criou um curso livre chamado “Teologia de Umbanda Sagrada”,
no qual todo um conhecimento sobre o Orixá Exu começou a ser
apresentado.
Aprendemos que, assim como Deus tem nomes
diferentes nas diversas culturas, divindades assumem nomes e formas
diferentes. O que se mantém é a essência de cada uma, facilmente
identificada por suas qualidades. Assim, Exu é identificado em outras
culturas como Elegbará (gêge), Aluvaiá (banto), Bes e Min (egípcia), Pã e
Hermes (grega), Savitri e Shiva (hindu), Kanamara Matsuri (japonesa),
entre outros. Também nessa época, uma das apostilas deste curso, foi
organizada e publicada com o nome de Livro de Exu: O Mistério Revelado,
no qual é apresentada a relação do médium com seu Exu de Trabalho, Exu
Guardião e Exu Natural. O Orixá Exu se revela como o Trono da
Vitalidade.
Quando pensamos que muito já havia sido revelado,
então o autor, ou melhor, o revelador, nos traz mais uma revelação: a
questão dos “fatores” de Deus. Cada fator corresponde a uma ação na
criação, cada ação a um verbo e a uma Divindade, Orixá, correspondente.
Em duas obras, Tratado Geral de Umbanda e Lendas da Criação, foram
apresentados os “Fatores dos Orixás”, Nelas aparecem os fatores de Exu,
ou seja, as ações que Exu desempenha na criação. Apenas para se ter uma
idéia do que estamos falando, cito os fatores de Exu com a letra A:
Abacinador, Abafador, Abirritoador, Achador, Acontecedor, Acornador,
Acunheador, Adiantador, Agarrador, Agostador, Alabirintador, Aluidor,
Amontoador, Anavalhador, Antevedor, Argolador, Arpoador, Arranjador,
Arrastador, Arrepiador, Arruinador, Assustador, Atalhador, Atinador,
Atrofiador e Avisador.
Em Lendas da Criação aparece um trio que
“rouba a cena” (Orixá Exu, Orixá Pombagira e Orixá Exu Mirim). Ficamos
encantados com a presença de Exu Mirim, praticamente inexistente na
literatura umbandista. Tempos depois, fomos surpreendidos com o livro
Orixá Exu Mirim, que esclarece e fundamenta teologicamente o Mistério
Exu Mirim na Umbanda.
Prefácio escrito por ALEXANDRE CUMINO
para o livro
“Orixá Exu” de Rubens Saraceni, Editora Madras
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UMBANDA
ZÉ PELINTRA
Na
medida em que o Catimbó entra na área urbana, território típico da
Umbanda, ou mesmo a Umbanda vai para o interior estas duas práticas tem
que se encontrar. É neste momento que certamente Zé Pelintra entra para o
Catimbó.Isto certamente ocorre nos centros onde pessoas de Umbanda
também trabalham com mestres e provavelmente já eram de Umbanda e
absorvem o Catimbó em um movimento muito típico da Umbanda que absorve
várias Religiões e Culturas.
No Catimbó ele é Mestre, e por ser
uma entidade diferente das que são cultuadas na Umbanda, ele não
trabalha numa linha específica, porém, sua participação mais ativa seria
na gira de baianos e, em alguns casos, na linha da esquerda, como exú.
Sua principal marca é ser um espírito “boêmio”, “malandro” e brincalhão
e, mesmo assim, trabalha com muita responsabilidade. Seu Zé cobra muito
de seus médiuns, cobra por seriedade, entrega, disciplina, dentre outras
virtudes.
Na direita ele vem na linha de baianos, fuma
cigarro, bebe batida de coco ou simplesmente cachaça. É representado por
uma tradicional vestimenta (calça branca, sapato branco, terno branco,
gravata vermelha e chapéu branco com uma fita vermelha).
CARACTERÍSTICAS MARCANTES
A primeira é ser muito brincalhão, gostar muito de dançar, de mulheres e
de bebida. Mas é muito comum, também, encontrá-lo mais sério, parado em
um canto, assim como sua imagem gosta de representá-lo olhando para o
movimento ao seu redor. Contudo, quando ele vira para a esquerda, ele
pode vir trajado de um terno preto, calças e sapatos também pretos,
gravata vermelha e uma cartola,fumando charutos, bebendo conhaque e
uísque, até – em alguns casos – usa uma capa preta. Mas seja do lado que
for, você sempre verá um Zé Pilintra com seu pito (cigarros ou
cigarrilhas), um uma bebidinha nas mãos, sempre muito brincalhão e
extrovertido.
REPRESENTAÇÃO E ORIGENS
Personagem
bastante conhecido seja por freqüentadores das religiões onde atua como
entidade, por sua notável malandragem, Seu Zé tem sua imagem
reconhecida como um ícone, um representante, o verdadeiro estereótipo do
malandro, ou porque não dizer, da malandragem brasileira e mais
especificamente, carioca. Trata-se de uma corrente que, de uma forma ou
de outra, permeia o imaginário popular da cultura brasileira e,
portanto, carrega suas egrégoras tanto como outras.
Um do seu
maior destaque está justamente no fato do Seu Zé ter uma tremenda
elegância e competência, mesmo sendo negro (levando em consideração que,
para a época em que os negros e brancos viviam praticamente isolados,
apesar da existência de uma numerosa população mestiça nas grandes
cidades brasileiras, e que desse abismo social implicava também uma
grande divisão financeira de classe social). É como se a figura do Seu
Zé torna-se representativa da própria dignidade do negro, deixando para
trás a idéia de um negro “arrasta-pé”, maltrapilho ou simples
trabalhador braçal.
Em sua origem, Seu Zé torna-se famoso
primeiramente no Nordeste… Primeiro como freqüentador dos catimbós e,
depois como entidade dessa religião. Vale destacar aqui que o Catimbó
está inserido no quadro das religiões populares do Norte e Nordeste e
traz consigo a relação com a pajelança indígena e os candomblés de
caboclo muito difundidos na Bahia.
Conta-se que ainda jovem era
um caboclo violento que brigava por qualquer coisa mesmo sem ter razão.
Sua fama de “erveiro” vem também do Nordeste. Seria capaz de receitar
chás medicinais para a cura de qualquer mal, benzer e quebrar feitiços
dos seus consulentes. De acordo com Ligiéro (2004), Seu Zé migra para o
Rio de janeiro onde se torna nas primeiras três décadas do século XX um
famoso malandro na zona boêmia carioca, a região da Lapa, Estácio,
Gamboa e zona portuária. Segundo relatos históricos Seu Zé era grande
jogador, amante das prostitutas e inveterado boêmio.
fonte:Relicário de Umbanda
O PROGRESSO QUE VOCÊ BUSCA
O
progresso que você busca, tanto pode se apresentar de forma complexa,
como mostrar-se através de algo singelo. Porém, nem sempre você lhe dá a
devida importância.
O pranto da dor se torna progresso, quando você aprende a sorrir alegremente, após passar pelos sofrimentos educativos.
A decepção inesperada que o maltrata se transforma em progresso, na
medida em que você se aconselha com a cautela, transformando-se no
indivíduo verdadeiramente amadurecido para a vida.
As dificuldades
de qualquer ordem, que o atrapalham hoje, serão elementos de progresso,
se você aprender as lições da educação dos hábitos, como abençoada
vitória sobre o próprio desequilíbrio.
A doença que lhe traz tantos
dissabores, atualmente, irá se converter em progresso de sua alma,
quando proporcionar em seu íntimo o respeito à saúde, numa vida salutar contínua.
A solidão com a qual você custa a se habituar nos dias atuais, se bem
compreendida, construirá um imenso progresso, ensinando-o a cultivar
amores verdadeiros no futuro.
A morte do corpo, que altera
disposições e sonhos, deixando um vazio na alma dos que ficam no mundo,
apresenta-se como oportunidade de progresso, se você consegue fazer dela
a mensageira da renovação e do trabalho, preenchendo o vazio com a
dedicação ao semelhante, exercitando o amor ao próximo, desligando-se do
egoísmo prejudicial.
* * *
Reflita e não pare a olhar somente o ângulo aparentemente infeliz das coisas e circunstâncias que você encontre na vida.
O progresso está em tudo que a vida nos traga.
Precisamos lembrar sempre que, acima de nossa visão limitada e
imediatista, existem planejamentos minuciosos para nossas existências,
visando sempre o nosso bem.
Não somos almas abandonadas num mundo em
decadência. Somos Espíritos com planos de desenvolvimento, num mundo em
progresso constante.
É chegado o tempo da fé raciocinada, de acreditar nas coisas sabendo o porquê.
É chegado o tempo de descobrir que Deus, a Inteligência Suprema, a
Causa primeira de todas as coisas, rege os mundos através de Leis
perfeitas e aLei do progresso é uma delas.
Assim, começaremos a ver
as dificuldades que surgem não mais como obstáculos, mas como
oportunidades que a vida nos oferece para crescermos.
Pensemos sobre o assunto. Reflitamos mais sobre os acontecimentos e ampliemos a visão que temos da vida.
É chegado o tempo da compreensão raciocinada.
* * *
Cada novo amanhecer é convite sereno à conquista de valores que parecem fora do nosso alcance.
Cada novo amanhecer é chance de assentar mais um tijolo na edificação de nossa felicidade.
Cada novo amanhecer é prova da constância Divina, é prova do Seu amor
pelos Espíritos que somos, concedendo-nos sempre novas oportunidades.
(Redação do Momento Espírita com base no cap. O progresso, do livro
Rosângela, pelo Espírito Rosângela, psicografia de José Raul Teixeira)
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