sábado, 30 de julho de 2011

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

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Nós, os praticantes
e os seguidores
dos cultos afro-brasileiros, temos sido criticados de
forma agressiva e intolerante desde que a Umbanda foi fundada e, se hoje são os néo pentecostais
que se destacam, antes eram os católicos que nos taxavam de “pagãos”, de atrasados, etc.
Tirando os excessos cometidos por pessoas despreparadas, ou mal preparadas para
conduzirem as nossas “giras”, os médiuns umbandistas vêm dando o melhor de si para auxiliarem
seus semelhantes com as mais diversas dificuldades, destacando-se entre elas as de fundo
espiritual.
Não foram e não são poucas as pessoas que abdicaram das comodidades da vida profana e
assumiram compromissos pelo resto de suas vidas com Deus e suas divindades só para poderem
desenvolver suas faculdades mediúnicas, ordená-las e doutrinarem-se, para poderem ajudar o
próximo, muitos também com problemas mediúnicos gravíssimos.
Mas, este imenso e luminoso trabalho de caridade espiritual não só não foi reconhecido, como
serviu para que os inimigos e os adversários da Umbanda (todos seguidores de outras religiões)
sempre procurassem qualquer erro ou falha de um dos nossos para negar-nos qualquer crédito pelo
auxílio prestado pela Umbanda aos necessitados.
E, de erro em erro, de falha em falha, de excesso em excesso, cometidos
por uma minoria,
mas nunca esquecidos ou relevados por nossos inimigos e adversários religiosos, a Umbanda (e
todos os outros cultos afros brasileiros) começaram a ser associados à prática do mal. Associação
esta feita por pessoas inteligentíssimas que dominam a neurolinguística e a lavagem cerebral das
pessoas necessitadas do auxílio espiritual que a nossa querida Umbanda pode dar-lhes sem nada
lhes exigir em troca.
Os nossos inimigos e nossos adversários,
só viram falhas e erros e só têm boca para criticar
e ofender-nos e para vilipendiarem a Umbanda e suas práticas espiritualistas. Nunca elogiaram
nossos acertos e nosso trabalho de caridade espiritual.
Criou-se um tal estado de intolerância que os adeptos mais exaltados do néo pentecostalismo
acham-se no direito de perseguirem os umbandistas até nos ambientes de trabalho profissional,
fazendo surgir no Brasil de todos os povos os ranços da intolerância inquisitorial e do nazi fascismo.
– Pessoas são desclassificadas para
empregos ou são dispensadas deles assim que os
empregadores e os “chefes” (já salvos) ficam sabendo que são umbandistas.
– Crianças são segregadas em escolas se assumirem que são umbandistas.
– Imóveis não são alugados se for para abrir neles um Centro de Umbanda.
– Casamentos são desfeitos se um dos cônjuges tiver ou quiser desenvolver sua mediunidade.
– Namoros com jovens umbandistas nem pensar, na cabeça dos “já salvos”.
– Morar no mesmo quintal ou prédio com umbandistas, que horror!
São tantas as intolerâncias
que, ou se oculta ou nega-se a crença em Olorum e nos
Sagrados Orixás para poder viver em paz e sem ser excluído, segregado e ofendido continuamente
só porque são médiuns.
Hoje, vivemos uma situação semelhante à do povo judeu na Europa pré-nazista, só nos
faltando um “Hitler” néo pentecostal assumir o poder para que aqui se comece a construir campos
de concentração para que esses loucos e desvairados nos aprisionem neles e, tal como Hitler fez
com os judeus, enviem-nos para câmaras de gás ou, tal como fizeram os inquisidores, queimem-nos
nas suas “fogueiras santas” que, de santas não têm nada.
Lamentavelmente, esse é o quadro que nos chega continuamente através de relatos de
irmãos umbandistas.
Mais do que nunca, é hora de darmos
provas de nossa fé e, tal como Daniel enfrentou os
leões com sua fé e sua submissão a Jeová, temos que enfrentar as “hienas famintas de poder” com
nossa fé e submissão a Olorum e aos Sagrados Orixás.
Não é hora de nos omitirmos ou de recuarmos em nossa fé, e sim, é hora de darmos nossa
prova de fé. Quanto às “hienas famintas de poder”, não se preocupem com elas, pois, tal como os
sanguinários leões mesopotâmicos, morrerão e irão para o inferno.
Tudo é questão de tempo, meus irmãos!
Pai Rubens Saraceni.
 
Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011.
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sexta-feira, 29 de julho de 2011

SER UMBANDISTA E NÃO, ESTAR UMBANDISTA...


De nada vale vestir branco e incorporar mil entidades, se a pessoa não incorpora em si mesmo os sentimentos bons e atos dignos...entre outros.
De nada vale viver dentro de um terreiro, se quando lá está, só vive a cuidar da vida alheia, fazer fofocas, cobiçar e esperar apenas coisas materiais.
De nada vale dizer o quanto ama a entidade, na qual se tem afinidade, e vira-se as costas até para aqueles que te pedem uma palavra de consolo.
De nada vale ser conhecedor de mil magias, quando a magia maior que é o amor, não se faz presente em seu coração.
De nada vale ser conhecedor de todas as coisas, se nega a sabedoria a teu irmão.
De nada vale ouvir e não colocar em prática.

O que vale é ser Umbandista e não estar Umbandista!

Por: Regina Carvalho

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Diário de uma vampira: Bem vindos!

Diário de uma vampira: Bem vindos!: "Este Blog foi criado a partir de um livro de minha autoria chamado 'Diário de uma vampira' no ano de 2005, com o intuito de compartilhar me..."

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A MÚSICA E A RELIGIOSIDADE




Em todos os tempos e povos encontramos o uso da música afim de se menter um contato com o Divino. Nas mais diversas crenças podemos observar sua presença.. Vejam que na Igreja Católica entoam-se hinos, ladainhas, cantos gregorianos. Os Evangélicos também tem através do canto uma forma de agradar a Deus com suas bandas e conjuntos Gospel. As seitas orientais utilizam-se muito dos mantras (COMBINAÇÕES DE LETRAS QUE VIBRAM NO ASTRAL) . Na Umbanda e cultos Africanos temos os pontos cantados, e até no Espiritísmo tradicional já existem canções que servem para difundir o Evangelho e os ensinamentos de kardec. Na própria Bíblia existe várias menções sobre a utilização musical, seja por meio de intrumento ou por meio do canto. O Saltério (Salmos) era o cancioneiro de Israel. Os Salmos dão muito destaque ao uso de instrumentos musicais na adoração de DEUS: " Celebrai o Senhor com harpa, louvai-o com cânticos no Saltério de dez cordas. Entoai-lhe novo cântico, tangei, com arte e júbilo."(Salmos 33:2-3)

RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS QUE UTILIZAM TAMBORES

No Brasil, existem diversas religiões e seitas que utilizam esse tipo de intrumento de percussão em seus rituais sagrados. Entre elas, destacam-se aquelas que se originaram dos povos indígenas e africanoscomo as que seguem:
* UMBANDA
* CANDOMBLÉ
* XANGÔ
* BATUQUE
* TAMBOR DE MINA
* XAMBÁ
* OMOLOCÔ

O ATABAQUE

Contitui-se de um tambor cilindrico, ligeiramente cônico e comprido, onde apenas a bertura maior é coberta por couro animal ( de bode, carneiro ou boi) . Instrumento de percussão que pode ser tocado somente com as mãos ou ainda com baquetas (varinhas) especiais feitas de galho de goiabeira ou araçazeiro, chamadas aguidavis. Seu nome tem origem Árabe, at-tabaq, que significa "prato". Descendentes africanos informam que os primeiros atabaques eram feitos de cerâmica. Depois passaram a usar troncos ocos de coqueiros e palmeiras, e só após algum tempo vieram a construi-los com madeira da gameleira (árvore sagrada do candomblé) . Pelos materiais utilizados em sua confecção, podemos notar sua importância nas religiões afro-brasileiras, pois temos na madeira o axé de Xangô, nos aros de metal a força de Ogum e Exu, e na pele de origem animal a influência do orixá caçador Oxóssi.

DENOMINAÇÕES E UTILIZAÇÃO DO ATABAQUE

São classificados pelo tamanho,chamando-se RUN,RUMPI e LÉ. Existe também o contra Rum, porém esse é pouco utilizado.
RUN: O maior deles, de tom grave. Seu nome significa em iorubá: voz(ohùm) ou rugido (hùn) .
RUMPI: Menor que o Run e amior que o Lé, de tom mediano. O nome também em iorubá tem o" hùn" (rugido) mais o "pi" (imediatamente), ou seja, indica a sua posição na orquestra de atabaques.
LÉ: É o menor do trio e tem o som mais agudo.O nome na língua Ewe faz alusão ao seu tamanho, pois significa pequeno (lee).
Os atabaques, como instrumentos sagrados que são, não devem sair do recinto do terreiro a menos que seja para uma obrigação religiosa, como por exemplo, os trabalhos nas matas, nas praias,cachoeiras, ou, ainda, por algo que faça parte da tradição, como as visitas entre tendas conhecidas Também não devem ser percutidos por pessoas não preparadas para esse fim, pois isso poderia acarretar numa "quebra de energias" existentes no instrumento musical ou ainda na transmissão de vibrações que não seriam benéficas a pessoa despreparada. Seu som é condutor do Axé do Orixá. A vibração do couro e da madeira interagindo geram forças capazes de relacionar-nos com os campos mais altos (ou baixos) campos vibratórios, de acordo com a vontade e a necessidade daqueles que os fazem soar.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mistério Pomba-Gira

 
Com a permissão da Divina Mahor-yê, Trono Guardião do Mistério Pomba-Gira no Ritual de Umbanda Sagrada.
O mistério Pomba-Gira é regido por uma divindade cósmica que tanto gera quanto irradia o fator desejo.
Saibam que esses fatores, vigor (Exu) e desejo (Pomba-Gira), se completam e criam as condições ideais para que a Umbanda tenham seus recursos mágicos e cármicos, também eles, atuando através de linhas de força horizontais ou inclinadas, e dispensa a ativação direta dos Tronos Cósmicos ou dos aspectos negativos dos regentes das linhas de Umbanda.
Saibam também que nem Exu natural nem Pomba-Gira Natural seguem a mesma linha de direção evolutiva dos espíritos, pois eles seguem outra orientação e direcionamento.

Pomba-Gira natural é um ser cuja presença desperta o desejo, porque é irradiadora natural desse fator divino. Só que esse fator não se limita ao sexo, e destina-se a todos os sentidos da vida, pois só desejando, um ser empreende alguma coisa ou toma alguma iniciativa em algum sentido.
Portanto, o desejo, é um fator divino fundamental em nossa vida, pois nós o absorvemos por todos os setes chacras principais e também pelos secundários.
O desejo só existe porque Deus assim quis e ele não se manifesta só através do sexo, pois sentimos o desejo de aprender, de viajar, de conversar, de nos divertir, de comer determinado alimento ou de vestir determinada roupa, etc.
O mistério Pomba-Gira se manifesta na Umbanda através de seres naturais ou de espíritos incorporados às suas hierarquias ativas, pois são elementos mágicos que podem ser ativados por qualquer pessoa, desde que o faça dentro de um ritual codificado como correto pelo Ritual de Umbanda Sagrada, assim como são agentes cármicas, pois podem ser ativadas pela Lei Maior.
O mistério Pomba-Gira é em si neutro, e pode ser ativada com oferenda ritual, pois é elemento mágico, assim como pode ser ativada pela Lei Maior porque é agente cármica, esgotadora de emocionais apassionados ou despertadora de desejo em seres apáticos.
Entendam que Deus criou tudo, também gerou o desejo como uma de suas qualidades ou fatores, pois sem vibrarmos o desejo, nada desejaremos e nos tornaremos apáticos, desinteressados e nos paralisaremos.
Logo, Deus, que tudo sabe, cuidou deste aspecto de nossa vida e gerou o desejo como um de seus fatores, assim como gerou uma divindade cósmica que tanto o gera como o irradia a tudo e a todos.
Essa divindade de Deus também formou sua hierarquia divina, que chega até nós no nosso nível terra como as exuberantes Pomba-Giras, que são regidas por um Trono Cósmico feminino cujo nome mântrico é Ma-hor-iim-yê, ou Mahór yê, Senhora Guardiã dos Mistérios do desejo, que polariza horizontalmente com o Trono Cósmico Guardião dos Mistérios do Vigor.
Logo Pomba-Gira polariza com Exu. E o desejo, unindo-se com o vigor, cria nos seres as condições ideais que os ativarão em todos os sentidos e os induzirão a assumir com vigor e paixão as empreitadas mais temerárias.
Mas, caso sejam ativados e usados indevidamente, ai perdem suas grandezas e se tornam paixões devastadoras e vigores atormentadores para quem der uso a eles, pois são em si mistérios, e, como tal, voltam-se contra quem lhes der mau uso. Aí subjugam essa pessoa, induzem-na aos maiores destinos e aberrações até lançá-la num tormento alucinante, delirante e bestificante, cuja finalidade é levá-la à loucura em todos os sentidos.
Saibam que muitas pessoas que abandonaram a Umbanda e o Candomblé e, todos confusos, atrapalhados e perseguidos por hordas de espíritos obsessores, estão entre as que achavam que Pomba-Gira e Exu eram seus escravos e os atenderiam inconseqüentemente. Mas como começaram a pagar o preço ainda aqui, correram para o abrigo das seitas salvacionistas, e dali se voltam contra estes mistérios cósmicos, acusando-os de “demônios”.
Pomba-Gira não se auto ativa contra ninguém, ou alguém a ativa ou isso quem faz é a Lei Maior.
E tanto pode ser ativada para ajudar quanto para esgotar o desejo em todos os sentidos da vida de uma pessoa, quanto só num sentido onde está se excedendo e se desviando de sua evolução reta e contínua.
Não foi aberto para a dimensão material o mistério Exu feminino. Logo, quem descreve Pomba-Gira como Exu fêmea não sabe nada sobre este outro mistério da Umbanda.
Parte do texto retirado do Livro: “ UMBANDA SAGRADA” - Rubens Saraceni.
São entidades em evolução, seu trabalho é dirigido, principalmente a defesa dos seus médiuns e a defesa do terreiro, porém, são muito procurados para resolver os problemas da vida sentimental e material.
Costumam trabalhar com velas, charutos, cigarros, bebidas fortes, punhais em seus pontos riscados, pembas brancas, pretas e vermelhas . Devido ao seu temperamento forte e alegre costumam atrair bastante os consulentes , principalmente pôr que quando falam que vão ajudar certamente o farão.

Pomba gira de Umbanda



Por Rubens Saraceni

Na Umbanda, a entidade espiritual que se manifesta incorporada em suas médiuns está fundamentada num arquétipo desenvolvido à partir da entidade Bombogira, originária do culto Angola.

Nos cultos tradicionais oriundos da Nigéria não havia a entidade Pombagira ou um Orixá que a fundamentasse.

Mas, quando da vinda dos nigerianos para o Brasil (isto por volta de 1800), estes aqui encontram-se com outros povos e culturas religiosas e assimilam a poderosa Bombogira angolana que, muito rapidamente, conquistou o respeito dos adoradores dos Orixás.

Com o passar do tempo a formosa e provocativa Bombogira conquistou um grau análogo ao de Exu e muitos passaram a chamá-la de Exu Feminino ou de mulher dele.

Mas ela, marota e astuta como só ela é, foi logo dizendo que era mulher de sete exus, uma para cada dia da semana, e, com isso, garantiu sua condição de superioridade e de independência.

Na verdade, num tempo em que as mulheres eram tratadas como inferiores aos homens e eram vítimas de maus tratos por parte dos seus companheiros, que só as queriam para lavar, passar, cozinhar e cuidar dos filhos, eis que uma entidade feminina baixava e extravasava o 'eu interior' feminino reprimido à força e dava vazão à sensualidade e à feminilidade subjugadoras do machismo, até dos mais inveterados machistas.

Pombagira foi logo no início de sua incorporação dizendo ao que viera e construiu um arquétipo forte, poderoso e subjugador do machismo ostentado por Exu e por todos os homens, vaidosos de sua força e poder sobre as mulheres.

Pombagira construiu o arquétipo da mulher livre das convenções sociais, liberal e liberada, exibicionista e provocante, insinuante e desbocada, sensual e libidinosa, quebrando todas as convenções que ensinavam que todos os espíritos tinham que ser certinhos e incorporarem de forma sisuda, respeitável e aceitável pelas pessoas e por membros de uma sociedade repressora da feminilidade.

Ela foi logo se apresentando como a "moça" da rua, apreciadora de um bom champagne e de uma saborosa cigarrilha, de batom e de lenços vermelhos provocantes.

"O batom realça os meus lábios, o rouge e os pós ressaltam minha condição de mulher livre e liberada de convenções sociais".

Escrachada e provocativa, ela mexeu com o imaginário popular e muitos a associaram à mulher da rua, à rameira oferecida , e ela não só não foi contra essa associação como até confirmou: "É isso mesmo"!

E todos se quedaram diante dela, de sua beleza, feminilidade e liberalidade, e como que encantados por sua força, conseguiram abrir-lhe o íntimo e confessarem-lhe que eram infelizes porque não tinham coragem de ser como elas.

Aí punham para fora seus recalques, suas frustrações, suas mágoas, tristezas e ressentimentos com os do sexo oposto.

E a todos ela ouviu com compreensão e a ninguém negou seus conselhos e sua ajuda num campo que domina como ninguém mais é capaz.

Sua desenvoltura e seu poder fascinam até os mais introvertidos que, diante dela, se abrem e confessam suas necessidades.

Quem não iria admirar e amar arquétipo tão humano e tão liberalizado de sentimentos reprimidos à custa de muito sofrimento?

Pombagira é isto. É um dos mistérios do nosso divino criador que rege sobre a sexualidade feminina. Critiquem-na os que se sentirem ofendidos com seu poderoso charme e poder de fascinação.

Amem-na e respeitem-na os que entendem que o arquétipo é liberador da feminilidade tão reprimida na nossa sociedade patriarcal onde a mulher é vista e tida para a cama e a mesa.

Mas ela foi logo dizendo: "Cama, só para o meu deleite e mesa, só se for regada a muito champagne e dos bons!

Com isso feito, críticas contrárias à parte, o fato é que o arquétipo se impôs e muita gente já foi auxiliada pelas "Moças da Rua", as companheiras de Exu.

A espiritualidade superior que arquitetou a Umbanda sinalizou à todos que não estava fechada para ninguém e que, tac como Cristo havia feito, também acolheria a mulher infiel, mal amada, frustrada e decepcionada com o sexo oposto e não encobriria com uma suposta religiosidade a hipocrisia das pessoas que, "por baixo dos panos", o que gostam mesmo é de tudo o que a Pombagira representa com seu poderoso arquétipo.

Aos hipócritas e aos falsos puritanos, pombagira mostra-lhes que, no íntimo, ela é a mulher de seus sonhos... ou pesadelos, provocando-o e desmascarando seu falso moralismo, seu pudor e seu constrangimento diante de algo que o assusta e o ameaça em sua posição de dominador.

Esse arquétipo forte e poderoso já pôs por terra muito falso moralismo, libertando muitas pessoas que, se Freud tivesse conhecido, não teria sido tão atormentado com suas descobertas sobre a personalidade oculta dos seres humanos.

Mas para azar dele e sorte nossa,  a Umbanda tem nas suas Pombagiras, ótimas psicólogas que, logo de cara, vão dando o diagnóstico e receitando os procedimentos para a cura das repressões e depressões íntimas.

Afinal, em se tratando de coisas íntimas e de intimidades, nesse campo ela é mestra e tem muito a nos ensinar.

Seus nomes, quando se apresentam, são simbólicos ou alusivos.

- Pombagira das Sete Encruzilhadas;

- Pombagira das Sete Praias;

- Pombagira das Sete Coroas;

- Pombagira das Sete Saias;

- Pombagira Dama da Noite;

- Pombagira Maria Molambo;

- Pombagira Maria Padilha;

- Pombagira das Almas;

- Pombagira dos Sete Véus;

- Pombagira Cigana; etc.

O simbolismo é típico da Umbanda porque na África, ele não existia e o seu arquétipo anterior era o de uma entidade feminina que iludia as pessoas e as levavam à perdição. Já na Umbanda, é o espírito que "baixa" em seu médium e, entre um gole de champagne e uma baforada de cigarrilha, orienta e ajuda a todos os que as respeitam e as amam, confiando-lhes seus segredos e suas necessidades. São ótimas psicólogas. E que psicólogas! "Salve as Moças da Rua"!

UMBANDA - SOU FILHO OU SOBRINHO???


Quantos filhos tem a sua casa?

Um dia um jornalista ao entrevistar uma Mãe de Santo, perguntou: “Quantos filhos a sua casa tem?”.
A senhora não lhe respondeu como ele esperava, disse que ele deveria acompanhar as atividades do terreiro na próxima semana que ele teria a resposta. E assim foi no sábado pouco antes de iniciarem os trabalhos lá estava ele sentado na assistência observando tudo. Viu que havia mais ou menos 40 médiuns, quase todos estavam na corrente, prontos para a gira, e aproveitavam estes momentos que antecediam o inicio dos trabalhos para mostrarem uns aos outros suas roupas novas, ou para colocar algum assunto em dia. Mas notou também que um grupo de cinco médiuns estava em plena atividade arrumando as coisas para o inicio dos trabalhos.
O trabalho foi muito bonito e alegre, quando terminou viu que a grande maioria dos médiuns se apressa em se retirar, uns porque queriam chegar logo em casa, outros por terem algum compromisso. Notou mais uma vez que aqueles mesmos cinco médiuns que antes do inicio arrumavam as coisas, agora eram os que começavam a limpar e organizar o terreiro depois dos trabalhos.
Na segunda feira havia um momento de estudo no terreiro e ele foi convidado, ao chegar ao local, chovia muito e, viu que menos da metade da corrente se fazia presente, novamente notou que aqueles cinco estavam lá.
Na quinta feira haveria um trabalho na Lina do Oriente, e também passaria na TV um jogo da seleção, novamente bem menos da metade da corrente apareceu, mas aqueles cinco estavam entre eles.
No sábado novamente estava sentado na assistência e novamente repetiu o que havia acontecido na semana anterior, os cinco médiuns fazendo os últimos preparativos para o inicio dos trabalhos, e também a limpeza assim que estes se encerraram, e foi no término dos trabalhos que foi chamado pela Mãe de Santo, que lhe perguntou:
Você conseguiu descobrir quantos filhos tem em nossa casa?
Contei 43 minha mãe – respondeu.
Não, filhos de verdade tenho cinco. São aqueles que estavam presentes em todas as atividades da casa.
E os outros?
Os outros são como se fossem “sobrinhos” de quem gosto muito e que também gostam da casa, mas só visitam a “tia” se não houver nenhum atrapalho ou programa ‘melhor’, e mesmo vindo muitas vezes ficam contando os minutos para acabarem os trabalhos.
O rapaz muito sério perguntou:
E por que a senhora não impõe regras para mudar isso?
Meu filho a Umbanda não pode ser imposta a ninguém, tem de ser praticado com entrega, o amor à religião não pode ser uma obrigação, ele deve nascer no coração de cada um, e o mais importante, a Umbanda respeita o livre arbítrio de todos os seres...
E nós, somos “filhos” ou “sobrinhos” de Umbanda?
Somos Umbandistas em todos os momentos de nossa vida, ou somos Umbandistas somente uma vez por semana durante os trabalhos no terreiro?
Agora reflita em suas ações e pergunte pro seu coração...
Você é filho ou sobrinho???
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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Oferendas Básicas Umbandistas




Por Rubens Saraceni

Oferenda ao Orixá Oxalá
• Toalha ou pano de cor branca; • velas bran­cas; • frutas brancas (melão, goiaba, etc); • vinho bran­­co doce ou suave; • flo­res brancas (todas); • fitas bran­cas; • linhas brancas; • comidas bran­­­­cas (can­jica, arroz doce, coalhada adoci­ca­da, etc.); • pães; • mel; • farinha de trigo (para cir­cular e fechar por fora as oferen­das); • co­co seco e sua água colocada em co­pos; • co­co verde com uma tampa cortada e um pou­co de mel derramado dentro da sua água; • água em cálices ou copos; • pedras de cris­tais de quartzo branco (se for solici­tado); • pembas brancas (em pedra ou em pó); • milho verde em espiga, cru e ainda leitoso.

Oferenda ao Orixá Oxumaré
• Toalha ou pano de cor azul celeste; • velas brancas e azul celeste; • fitas brancas e fitas azul celeste (ou todas as cores); • linhas brancas e linhas azul celeste; • frutas sementeiras (melão, maracujá, mamão, pinha, etc.); • água em copos; • vinho branco seco; água adocicada com açucar ou mel; • flores coloridas; •coco verde; • licor ou suco de maracujá; • farinha de arroz (para circular e fechar a oferenda); • semente de feijão branco semicozidas e misturadas ao mel de abelhas; • açúcar, colocado em um prato branco e regado com mel de abelhas; • pembas coloridas.

Oferenda ao Orixá Oxóssi
• Toalha ou pano verde; • velas branca e verde; • fitas branca e verde; • linhas branca e verde; • frutas de qualquer espécie; • comidas (moranga cozida, milho verde em espiga e cozido, maçã cozida e regada com mel ou açucarada, doces cristalizados); • vinho tinto; cerveja branca; • sucos de frutas; • pembas brancas e verdes; • fubá (para circular e fechar a oferenda).

Oferenda para o Orixá Xangô
• Toalha ou pano marrom; • velas branca e marrom; • fitas branca e marrom; • linhas bran­ca e marrom; • frutas (abacaxi, melão, manga, melancia, figo, caqui, laranja, goiaba verme­lha); • vinho tinto seco; cerveja preta; • comidas (quiabos picados em rodelas e levemente co­zido, rabada cozida com cebolas cortadas em rodelas); • pembas branca, marrom e vermelha; • licor de chocolate.

Oferenda ao Orixá Ogum
• Toalha ou pano vermelho; • velas branca e vermelha; • fitas branca e vermelha; • linhas branca e vermelha; • cordões branco e verme­lho; • flores (cravo e palmas vermelhas); • frutas (melancia, laranja, pêra, goiaba vermelha, ameixa preta, abacaxi, uvas); • licor de gengibre; • cerveja branca; • pembas branca e vermelha; • comida (feijoada).

Oferenda para o Orixá Obaluaiê
• Toalha ou pano branco; • velas brancas; • fi­tas bran­­cas; • linhas brancas • flores (crisântemos bran­cos, quaresmeira); frutas (pinha, caqui e coco seco); • comidas (pipoca estalada, batata doce ro­xa cozida e regada com mel de abelha, beterraba co­zida e re-gada com mel; mandioca cortada em “toletes” cozida e açucarada; • bebidas (vinho bran­co licoroso, água em copos, licor de ambrósia); • pembas brancas.

Oferenda para o Orixá Oiá-Logunan (Tempo)
• Toalha ou pano branco; • velas branca e azul escuro; • fitas branca e azul escuro; • linhas branca e azul escuro; • pembas branca e azul; • copo ou quartinha com água; • licor de anis; • frutas (laranja, uva, caqui, amora, fi­go, romã, maracujá azedo); flores (do campo, palmas brancas, lírios brancos).


Oferenda para o Orixá Oxum
• Toalha ou pano dourado, azul e rosa; • velas rosa, amarela e azul; • fitas rosa, amarela e azul; • linhas rosa, amarela e azul; • pembas rosa, amarela e azul; • flores (rosas brancas, amarelas e vermelhas); • frutas (cereja, maçã, pêra, melancia, goiaba, framboesa, figo, pêssego, etc); • bebidas (champagne de maçã, de uva e licor de cereja).

Oferenda para o Orixá Omolu
• Toalhas ou panos branco e preto sobrepostos formando oito pontas ou bicos; • velas branca, preta e vemelha; • fitas branca, preta e vemelha; • linhas branca, preta e vemelha; • pembas branca, preta e vemelha • flores (crisântemos, flores do campo, rosas brancas); frutas (maracujá, ameixa preta, ingá, figo); • comidas (pipocas estaladas e regadas com mel, coco seco fatiado e regado com mel,  batata doce roxa cozida e regada com mel, bistecas ou fatias de carne de porco regadas com azeite de dendê; • bebidas (água em copos, vinho branco licoroso, licor de hortelã).

Oferenda para o Orixá Obá
• Toalha ou pano vermelho ou magenta; • velas vermelha ou magenta; • fitas vermelha ou magenta; • linhas vermelha ou magenta; • pembas vermelhas; • frutas (todas); bebidas (licor); • flores (do campo, jasmim, rosas vermelhas).

Oferenda para o Orixá Egunitá
• Toalha ou pano laranja; • velas laranja e ver­melha; • fitas laranja; • linhas laranja; • pem­bas laranja; • frutas (laranja, abacaxi, pi­tan­ga, caqui); bebidas (licor de menta, cham­pagne de sidra); • flores (palmas vermelhas).

Oferenda para o Orixá Iansã
• Toalha ou pano branco e amarelo; • velas branca e amarela; • fitas amarelas; • linhas amarelas; • pembas amarelas; • frutas (laranja, abacaxi, pitanga, uva, morango, ambrósia, melancia, melão amarelo, pêssego e goiaba vermelha); • bebidas (champagne de uva ou de sidra; • flores amarelas; • comidas (acarajé; abacaxi em calda, arroz-doce com bastante canela em pó por cima).

Oferenda para o Orixá Nana Boruquê
• Toalha ou panos lilás ou florido; • velas lilás; • fitas lilás; • linhas lilás; • pembas lilás; • flores (do campo, lírios e crisântemos); • frutas (uva, melão, manga, mamão, maracujá doce, framboesa, amora, figo); • bebidas (champagne rosé, vinho tinto suave, licor de amora, licor de framboesa, licor de morango).

Oferenda para o Orixá Iemanjá
• Toalhas branca ou azul claro; • velas branca ou azul claro; • fitas branca ou azul claro; • linhas branca ou azul claro; • pembas branca ou azul cla­ro; • flores (rosas brancas, palmas brancas, lírio branco) frutas (melão em fatias, cerejas, laranja lima, goiaba branca, framboesa); • bebidas (cham-pagne de uva e licor de ambrósia); • comidas (man-jares; peixes assados; arroz doce com bastante canela em pó).


Oferenda para o Orixá Exu
• Toalhas ou panos preto e vermelho; • velas pre­ta e vermelha; • fitas preta e vermelha; • li­nhas preta e vermelha; • pembas preta e ver­melha; • flores (cravo vermelho); • frutas (man­ga, mamão, limão); • bebidas (aguardente de ca­na de açúcar, whisky, conhaque) • comidas (fa­rofa com carne bovina ou com miúdos de frango, bifes de carne ou de fígado bovino fritos em azeite de dendê e com cebolas, bifes de carne ou de fígado bovino temperado com azeite de dendê e pimenta ardida).


Oferenda aos Pretos Velhos
• Toalha ou pano branco; • velas brancas; • fi­tas brancas; • linhas brancas; • pembas brancas; • frutas de todas as espécies; • bebidas (café, vinho doce, cerveja preta, água de coco, vinho branco licoroso); • flores (crisântemos brancos, margaridas, lírios brancos); • comidas (arroz doce, canjica, bolo de fubá de milho, milho cozido, doce de coco, doce de abóbora, doce de cidra, coco fatiado, quindim).

Oferenda aos Baianos
• Toalha ou pano branco (ou amarelo); • velas branca e amarela; • fitas branca e amarela; • linhas branca e amarela; • pembas branca e amarela; • frutas (coco, caqui, abacaxi, uva pêra, laranja, manga, mamão); • bebidas (batida de coco, de amendoim, pinga misturada com água de coco); • flores (flor do campo, cravo, palmas); • comidas (acarajé, bolo de milho, farofa, carne seca cozida e com cebola fatiada, quindim).

Oferenda aos Boiadeiros
• Toalha ou um pano (branco, vermelho, amarelo, azul-escuro, marrom); • velas branca, vermelha, amarela, azul-escura, marrom; • fitas branca, vermelha, amarela, azul-escura, marrom; • linhas branca, vermelha, amarela, azul-escura, marrom; • pembas branca, vermelha, amarela, azul-escura, marrom; • frutas (todas); • bebidas (vinho seco, aguardente, batidas, conhaque, licores); • flores (do campo, palmas, cravos); • comidas (feijoada, charque bem cozido, bolos).


Oferenda aos Marinheiros
• Toalha ou pano branco; • velas branca e azul cla­ro; • fitas branca e azul claro; • linhas branca e azul cla­ro; • pembas branca e azul claro; • flores (cravos bran­cos, palmas brancas); • frutas (várias); • comidas (peixes assados, peixes fritos, peixes cozidos, cama­rões, farofa com carne); • bebidas (rum, aguardente);


Oferenda para os Erês
• Velas branca, cor-de-rosa e azul claro; toalha ou panos cor-de-rosa e azul claro • fitas branca, cor-de-rosa e azul claro; • linhas branca, cor-de-rosa e azul claro; • flores (todas); • frutas (uva, pêssego, pêra, goiaba, maçã, morango, cerejas, ameixa ); • comidas (doces de frutas, arroz doce, cocadas, balas, bolos açucarados, quindins); • bebidas (refrigerantes, água de coco, suco de frutas);

Oferenda para os
Exus Mirins
• Toalhas ou panos preto e verme­lho; • velas bicolores preta e vermelha; • fitas preta e vermelha; • linhas preta e verme­lha; • pembas preta e vermelha; • flo­res (cravos); • frutas (manga, limão, laranja, pêra, mamão); • bebidas (lico­res, cinzano, pinga com mel) • comidas (fígado bovino picado e fri­to em azeite de dendê, farofas apimentadas).


Oferenda para Pombagira
• Toalha ou pano vermelho; • velas vermelhas; • fitas vermelhas; • linhas vermelhas; • pembas vermelhas; • flores (rosas vermelhas); • frutas (maçãs, morangos, uvas rosadas, caqui); • bebidas (champagne de maçã, de uva, de sidra, licores).

Oferendas para Caboclos (as)
As oferendas para os Caboclos e as Caboclas são iguais às dos Orixás que os regem.  No geral, são iguais às dos Orixás; no parti­cular, são acrescentados elementos indicados por eles.


Texto extraído do livro:
“Rituais Umbandistas - Oferendas, Firmezas e Assentamentos”
de Rubens Saraceni - Editora Madras



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"Umbanda é Religião, portanto só pode fazer o BEM !!!"
Alexandre Cumino
 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A Umbanda tem cor?




Vicentina de Angola
Médium Mãe Luzia Nascimento
Em 05 de maio de 2008

A Umbanda tem cor?

Tem sim sinhô!

Ela é preta, ela é branca

É de Nosso Sinhô!

A Umbanda tem raça?

Como não tem!

Ela é negra, é ameríndia

e européia também!

A Umbanda é das elite?

É de toda classe sociár!

Ela é dos fios de Zambi

Prá fazer o bem e arretirá o mal!

A Umbanda tem cultura?

Tem fios meus!

Do perdão e da bondade

Que sempre acolhe os seus!

A Umbanda tem História?

Tem meu sinhô!

Basta ver sua trajetória

Nos exemplos de amor!

Mas, a Umbanda tem pressa?

Tem não fios meus!

Cem anos passa ligeiro

Tem fio que nem se apercebeu!

A Umbanda tem objetivo?

Com num tem seu dotôr!

Vem fazer a caridade

Em nome do nosso Mediador!

Mas, qual a cor da Umbanda?

Eu careço de saber!

Prá poder apensar nela

Dentro do meu camutuê!

Prá que tanto de avexame?

Nega veia já vai falar!

Suncê inda num aprendeu

Que agonia faiz é má!

Mas, que cor é essa minha preta?

Deixa de tanto arrudear!

E eu lhe arrespondo meu fio:

Ela é da Cor da Bandeira de Nosso Pai Oxalá!

Salve o Povo de Umbanda!

Pequenos Lembretes a um Filho de Deus






Caboclo Pery
Médium Mãe Iassan Ayporê Pery


Não são raras as oportunidades de se fazer caridade. Quantas
vezes em

nossas vidas presenciamos um irmão necessitado de diversas
coisas que vão desde

um simples afago, um sorriso até uma ajuda financeira.?
Inúmeras são as casas que

têm sob sua guarda crianças sem pais, idosos abandonados por
seus filhos ou até

mesmo sem filhos, presídios com homens e mulheres que
optaram por caminhos

tortuosos e estão sendo punidos por isto.

Todos são candidatos ao seu ato de Caridade, que seja uma
simples oração,

mas recheada de pensamentos simpáticos à evolução destas
criaturas.

Pense que a criança esquecida num orfanato pode se tornar o
presidiário de

amanhã ou o idoso esquecido num asilo ou até mesmo naquele
pedinte

“inconveniente” à porta de sua casa, que você tanto se orgulha
de ter.

Lembre-se, ele também é seu irmão. Filho do mesmo Pai, da
mesma Fonte

Geradora de Vida. Por que tanta indiferença a dor do outro, só
porque ele está longe

de você? E por que tanto asco quando a situação bate a sua
porta?

A resposta é simples: “Não é problema meu, não fui eu que
ocasionei isto”.

E quem ocasionou a sua dor? O seu problema? Por que só a sua
dor dói? Por

que só o seu problema é importante? Porque você vem a esta
Casa exigindo solução

imediata? Ah já sei... é porque o problema é seu e você é
importante para a

sociedade, porque você produz, trabalha, paga impostos. Sim!
Você é importante, mas

aos olhos de Deus todos são!

Compreenda que enquanto um de seus filhos estiver desgarrado
e infeliz é

com esta que o Senhor de Todas as Coisas estará! E se você
quere tê-lo perto de si,

esteja perto de quem sofre e seja instrumento da vontade do
Senhor, que a tudo vê e

tudo sabe. Auxilie o seu irmão que sofre e aprenda com o
sofrimento dele e perceba

que Deus não quer que seus filhos sofram, mas quer que
aprendam. E a melhor

maneira de aprender é entrando em sintonia com toda a Sua
Obra a qual inclui o Seu

Irmão! Faça Caridade. Aproveite o maior número de
oportunidades que os enviados

do Pai lhe apresentarem. Um sorriso, uma palavra de carinho, um
olhar, um

pensamento piedoso e compreensivo e sua alma estará lavada de
todo mal provocado

pelo egoísmo. Agora, eleve seu pensamento a Deus e agradeça a
oportunidade de

estar vivo e em condição de ajudar desta forma.

E peça que, tal qual a borboleta que pousa de flor em flor,
auxiliando na

expansão do jardim, você seja, através de seus atos, o
propagador da alegria de ser

um FILHO DE DEUS!

Que Oxossi, em sua mais pura essência, lhe dê saúde e fartura.

Que Oxum, em sua mais pura essência, lhe dê amor e equilíbrio
emocional.

Que Xangô, em sua mais pura essência, lhe dê discernimento e
equilíbrio.

Que Iansã, em sua mais pura essência, lhe dê a capacidade de
sempre dizer a

palavra certa ao necessitado e clareza de raciocínio.

Que Ogum, em sua mais pura essência, lhe dê energia e
determinação para

fazer o bem.

Que Iemanjá, em sua mais pura essência, lhe dê prosperidade
para ajudar o

próximo e proteja a sua família.

Que Omulu, em sua mais pura essência, lhe dê toda a proteção
magística

necessária e alivie o seu carma.

Que Oxalá o abençoe!



Precisamos aprender a SER UMBANDISTAS DE VERDADE! Porque ser
Umbandista é SER EXEMPLO DE MORAL E VIRTUDE!

O MÉDIUM


O médium é o elo mais frágil de uma corrente espiritual porque muitas das suas dificuldades materiais ou desequilíbrios emocionais interferem no seu desenvolvimento mediúnico ou suas práticas espirituais.
As dificuldades materiais são: o desemprego, dívidas, insatisfação com o atual emprego, dificuldades nos negócios, empreitadas que não dão certo, prejuízos inesperados, doenças familiares, etc. Os desequilíbrios emocionais são: discórdias familiares insolúveis, rebeldia, imaturidade para entender sua mediunidade, incapacidade em lidar com os aspectos mediúnicos de sua religiosidade, gênio agressivo, não atenção ao seu mediunismo, que afeta seu sistema nervoso, impetuosidade, desarmonias domésticas, incapacidade de assumir uma postura “íntima” de respeito às normas dos templos, não assimilação natural das orientações doutrinárias, fobias, etc.
Saibam que as dificuldades materiais são temporárias e, assim que o médium superá-las, recuperará seu entusiasmo e desejo de ser útil aos seus semelhantes.
Já os desequilíbrios emocionais são de difícil solução porque, em certos aspectos, as pessoas não se apercebem da existência deles, e até acham que é implicância dos outros, quando os alertam para que se trabalhem e aperfeiçoem-se nos campos onde mais eles são visíveis. Até tem aqueles que, caso insistamos nos alertas, revoltam-se e começam a vibrar ódio ou antipatia por quem só os está alertando porque quer vê-los bem e em harmonia com a vibração da corrente sustentadora dos trabalhos espirituais.
Normalmente, o médium novo vai sendo modelado pelo comportamento dos mais velhos. Mas, por possuir sua natureza íntima, também vai modelando-a segundo o novo em sua vida que lhe está sendo mostrado.
A partir destas duas “modelagens” aflorará um médium equilibrado e capaz de manter sua individualidade e integrá-la naturalmente à corrente a que pertence. 
E mesmo os espíritos que irão atuar através do novo médium terão que adaptar-se à corrente que os recebeu e os aceitou como seus novos membros.
Então é comum surgirem insatisfações de ambos os lados e tanto a corrente espiritual quanto os doutrinadores, o novo médium e seus Guias, costumam chocar-se, pois o novo tem dificuldade em submeter-se ao mais velho, tanto quanto este tem dificuldade em lidar com quem não se “enquadra” automaticamente numa postura e comportamento já sedimentado no tempo e tido como norma de conduta dentro do espaço religioso construído a duras penas e sustentado com muito esforço pela corrente espiritual e pelos médiuns mais antigos, que há anos estão sustentando com amor e dedicação integral todo um trabalho em benefício da coletividade.
O médium novo, ou se intimida e bloqueia seu próprio desenvolvimento mediúnico e sua efetiva integração ao corpo mediúnico da casa, ou tenta impor dentro dela, seus distúrbios comportamentais e seus vícios emocionais, também se desarmonizando e bloqueando o aflorar natural de duas faculdades mediúnicas.
Temos também o caso de médiuns experientes, mas que não adquiriram maturidade, e que por isso mesmo, tentam impor aos mais novos sua vasta experiência, esquecendo-se de que ela é sua e só sua, e não pode ser passada integralmente ao médium novo, pois este só conseguirá internalizar e incorporar as experiências espirituais que vier a vivenciar em si ou através de si.
Temos também o caso dos médiuns que já realizaram outras práticas místicas, iniciáticas ou espiritualistas, e, ao invés de guardá-las para si até incorporarem novas práticas, já aprovadas e comprovadamente eficazes pelo espiritismo de Umbanda, tentam remodelá-las, ou seja, tentam adaptar as práticas de Umbanda às suas práticas espiritualistas anteriores. 
Com isso, criam uma miscelânea que só na cabeça deles está ordenada, se é que está, mas para os que o acolhem tudo parece confuso. Mas, se isto acontece, é porque temos dificuldades em entender oi universo religioso como muito parecido com o de um estudante universitário que deixou de estudar química e começou a estudar matemática pura. Neste caso, tanto a química quanto a matemática pura lidam com valores, mas aplicados em campos diferentes. Embora se assemelhem porque lidam com “números”, no entanto, eles não estão dizendo a mesma coisa.
Então o médium já desenvolvido, que por alguma razão trocou de centro, tem de entender que mudou o campo onde aplicava seus valores e entrou em outro onde eles não têm a mesma grandeza ou aplicação, pois no novo centro eles têm a grandeza e as aplicações que lhes deu quem os desenvolveu.
O correto, neste caso, é o médium incorporar os novos valores e suas aplicações, e enriquecer ainda mais suas práticas espirituais, pois sempre terá em si mesmo os seus antigos valores espirituais. O errado é não só não absorver os novos valores da casa que o acolheu, adaptando-se às suas normas comportamentais, como ainda tentar impor os seus a quem já está com seus valores “assentados”.
Recomendamos a quem está entrando em uma casa, que primeiro a conheça e às suas práticas espirituais, assim como, absorva-as e integre-as às suas, e só depois de aceito e integrado plenamente às correntes mediúnica e espiritual, aí sim, ofereça seus valores para apreciação. E caso sejam aceitos como positivos e fortalecedores das práticas aí já realizadas antes de sua chegada, então serão absorvidos e integrados naturalmente às práticas da casa que o acolheu. 
Uma outra recomendação que fazemos aos médiuns, tanto aos novos quanto aos mais antigos, é que vigiem seus pensamentos em relação a tudo e a todos, pois a espiritualidade os ouve e seu próprio mentor aplicará corretivos religiosos, caso o médium vibre antipatia por seus irmãos de fé, caso fique “fuxicando” pelas costas de alguém de quem não gosta, caso fique vaidoso, soberbo, etc.
Se um mentor, que é um espírito de alta evolução, se digna incorporar num corpo físico, às vezes cheio de toxinas nocivas ao seu sutilíssimo corpo energético, com certeza não aceitará incorporar em um médium cujo mental é um depósito de pensamentos negativos. E aí, a solução é o mentor lançar mão de um recurso extremo, que é confiar seu médium a um espírito pouco evoluído, para que este cuide dele, pois ainda suporta a vibração de pensamentos negativos. Mas, em último caso, o mentor recolhe-se à sua faixa vibratória na Luz e confia o seu médium à Lei Maior e à Justiça Divina, que o assumirá efetivamente, e daí em diante o médium só irá incorporar espíritos afins com seu padrão vibratório e moral. E quase sempre são “eguns” fora da Lei que atuam nesses médiuns ou são quiumbas, obsessores, zombeteiros, perseguidores, vingativos, etc., que levarão o médium a um tormento ou ao descrédito. E não raro, após este recolhimento do mentor, o médium que foi reprovado entra numa fase de descrença e desencanto com sua mediunidade, afastando-se dos centros. Então vá procurar auxílio em alguma outra religião onde qualquer contato com o mundo espiritual é condenado.
Saibam que Deus não desampara ninguém em momento algum, e recolhe Seus filhos médiuns nestas religiões contrárias às manifestações mediúnicas para dar-lhes Seu amparo e redirecioná-los na evolução religiosa. Sim, é um amparo divino e ajuda o médium no sentido de “reeducar-se”. Assim ele voltará a manifestar o êxtase mediúnico e a ficar mediunizado, mas sob uma nova explicação para o fenômeno da sua mediunidade: fica possuído pelo “Espírito Santo de Deus”. 
O fato é que continuam incorporando ou ficando mediunizados, mas o processo tem uma nova explicação, e não raro são ótimos médiuns de apoio aos seus sacerdotes, que também são médiuns fugitivos ou inconscientes de sua mediunidade.
Portanto, recomendamos isto a você, médium novo ou médium já amadurecido: vigie-se e procure conhecer-se. Descubra se está integrado à corrente mediúnica que o acolheu e se foi aceito pela corrente espiritual do centro que freqüenta.
Seja um médium consciente dos seus deveres, pois mediunidade é sinônimo de sacerdócio e trabalho espiritual é sinônimo de atuação dos espíritos santificados no respeito e fé em Deus, e no amor à humanidade, pela qual continuam a trabalhar mesmo vivendo no mundo dos espíritos.
Médium, saiba que você, inconscientemente, pode ser o elemento de desagregação de correntes de trabalhos espirituais, caso não domine seus instintos, sua intolerância para com a deficiência alheia, sua incapacidade de entender como um sacerdócio essa sua mediunidade, e insista num comportamento desrespeitoso e numa postura anti-religiosa.
Lembre-se que seus irmãos encarnados não têm como ver seu íntimo e nem podem ouvir seus pensamentos. Mas, tanto Deus quanto seus mentores podem, e tudo farão para auxiliá-lo neste seu sacerdócio.Mas, caso você insista em um comportamento “mundano” e numa postura “anti-religiosa” dentro de uma corrente espiritual, com certeza só incorporará espíritos “imundos” e movidos pelo desejo de desagregarem os centros espíritas, pelo ódio que sentem da Luz por terem se coberto com o sombrio manto da ignorância acerca das formas de Deus atuar em nossa vida religiosa.
Médium novo ou já amadurecido, lembre-se que mediunidade é sacerdócio, e caso não consiga ser um “grande” médium, ao menos tente ser um ótimo exemplo de religioso, pois Deus o recompensará com Seu divino e amoroso amparo religioso. 
Quanto aos médiuns que só têm voz para criticar os trabalhos espirituais ou seus irmãos na corrente mediúnica, estes estão perdendo seu tempo, porque a luz que conquistam durante os trabalhos, perdem-na com o desserviço que prestam às trevas da discórdia.
Quanto aos que acham que já fazem muito, indo só aos trabalhos espirituais e não se preocupando com as necessidades da casa ou dos seus irmãos, na mesma medida receberão da espiritualidade em geral, e dos seus mentores, quando suas provações os assoberbarem.
Médium, reflita porque a harmonia da casa que você freqüenta depende do seu equilíbrio emocional e mental e também de muito bom senso, porque mediunidade é um sacerdócio espiritual.