quarta-feira, 10 de novembro de 2010

LEI DE CAUSA E EFEITO

LEI DE CAUSA E EFEITO
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A Lei de Causa e Efeito, conhecida também com o nome de Lei de Ação e Reação ou Lei do Carma, é uma lei natural, espiritual e universal, essencial para a evolução das almas.
André Luiz [Ação e Reação] nos diz:
"É a conta do destino criada por nós mesmo, englobando os créditos e os débitos que em particular nos digam respeito. É o sistema de contabilidade do Governo da Vida."
Consiste, portanto, nos padrões de hábito que uma pessoa estabeleceu e as repercussões desses padrões sobre si mesma e sobre os outros.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Allan Kardec examina [CI-cap VII] com profundidade a Lei de Causa e Efeito. Através de 33 itens, ele tece inúmeros comentários importantes a respeito. Apresentamos uma síntese:
a) "O estado feliz ou desgraçado de um Espírito é inerente ao seu grau de pureza ou impureza. A completa felicidade prende-se à perfeição. Toda imperfeição é causa de sofrimento e toda virtude é fonte de prazer."
O homem sofre em função dos defeitos que tem: a inveja, o ciúme, a ambição, os vícios sociais são as causas fundamentais dos sofrimentos. Diz Kardec, que a alma que tem dez imperfeições, por exemplo, sofre mais do que a que tem três ou quatro.
Portanto, o único caminho que nos levará à felicidade completa é o do esforço constante no combate às más inclinações, através da reforma íntima;
b) "O bem como o mal são voluntários e facultativos: livre o homem não fatalmente impelido para um nem para outro."
Em [LE-qst 645] os benfeitores espirituais afirmam que não há arrastamento irresistível. O homem tem sempre liberdade de escolher entre o bem e o mal e seguir o caminho da correção ou do vício. Por esse motivo, por ter escolhido livremente a opção a tomar, ele torna-se responsável pelos seus atos. Emmanuel diz:
"A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória."

c) "A responsabilidade das faltas é toda pessoal, ninguém sofre por erros alheios, salvo se a eles deu origem quer provocando-os pelo exemplo quer não os impedindo quando poderia fazê-los."
Perante a Lei de Causa e Efeito não existem "vítimas". Só respondemos pelos nossos atos e jamais pelos atos alheios. A ninguém deve o homem culpar em caso de sofrimento, a não ser a ele mesmo, pela sua incúria, seus excessos ou a sua ambição.
Quando mais de uma pessoa vêm a cometer o mesmo erro, tornam-se todos incursos na Lei de Causa e Efeito e, muitas vezes, deverão, juntos, repararem esse erro. Muitos casos de calamidades coletivas, expiações de grupos ou famílias inteiras enquadram-se nessa situação.
O carma, portanto, pode ser:
. Individual: um único Espírito está incurso na Lei;
. Familiar: quando vários membros de um mesmo núcleo familiar estão inseridos no processo cármico;
. Coletivo: quando toda uma coletividade comprometeu-se com a mesma falta.
d) "A alma traz consigo o próprio castigo ou prêmio, onde quer que se encontre, sem necessidade de lugar circunscrito."

Céu e Inferno, ensina-nos a Doutrina Espírita são estados de consciência. O primeiro corresponde a uma consciência tranqüila em função do serviço bem feito e da atitude sempre correta. O segundo existe em decorrência da culpa, do remorso, que cria para a alma viciosa um campo magnético negativo, através do qual as obsessões, as enfermidades físicas ou psíquicas, ou mesmo os lances desditosos da existência vão se desenvolver.
André Luiz denomina "zona de remorso" a esta área que se estabelece na consciência do homem ante a atitude incorreta. Segundo este autor, a "zona de remorso" será responsável pela radiação doentia que vai infelicitar o perispírito do indivíduo, carreando para ele uma série de possibilidades dolorosas.

QUADRO VI - Mecanismo da dor
Atitude incorreta ----> Zona de Remorso ----> Lesão perispirítica em decorrência de radiações doentias =
==> DOR FÍSICA ----> Plasma o corpo físico enfermo
==> DOR MORAL ----> Gera um campo magnético negativo que atrai a desdita
==> OBSESSÕES ----> Permite a sintonia com a vítima
e) "Toda falta cometida é uma dívida contraída que deverá ser paga; se o não for na mesma existência, se-lo-á na seguinte ou seguintes." Em muitas oportunidades, as faltas cometidas numa existência, podem ser reparadas na mesma encarnação; outras vezes, somente na existência posterior terá a alma culpada condições de resgate; e, em determinadas situações, serão necessárias diversas encarnações para que a dívida seja saldada.
Bezerra de Menezes [Dramas da Obsessão] lembra que em algumas oportunidades a alma culpada não possui condição evolutiva ou estrutura psicológica para receber a carga de sofrimento, decorrente do erro. Nestes casos, a lei dá-lhe um tempo de moratória para que se estruture intimamente e possa, no futuro, responder pela falta. Registra-mos as palavras do benfeitor:
"Existem obsessores tolhidos numa reencarnação para a experiência de catequese, quando, então, todas as facilidades para um aprendizado eficaz das leis do Amor e da Fraternidade lhes serão apresentadas. Muitos, só mais tarde, em encarnações posteriores, estarão em fase de reparações e resgates."

f) "Pela natureza dos sofrimentos e vicissitudes da vida corpórea pode julgar-se a natureza das faltas cometidas em anteriores existências."
Allan Kardec comenta [LE-qst 973]: "cada um é punido naquilo em que errou"; porque observa-se uma correspondência íntima entre o tipo de sofrimento e o tipo de falta. André Luiz [Ação e Reação] apresenta várias possibilidades, como mostra o quadro abaixo.

QUADRO VII - Lei de Causa e Efeito

Falta
Resgate
Aborto
Esterilidade, doenças genitais
Incontinência sexual ou erros no amor
Impotência sexual ou frigidez, decepções na vida afetiva
Ociosidade, indolência
Desempregos, má remuneração profissional, paralisias
Calúnia ou maledicência
Doenças das cordas vocais
Beleza física mal canalizada
Doenças de pele
Erros cometidos no esporte e na dança
Reumatismos diversos
Inteligência canalizada para o mal
Hidrocefalia, oligofrenias
Suicídio
Doenças congênitas graves, acidentes mortais na infância e adolescência
g) "A mesma falta pode determinar expiações diversas, conforme as circunstância atenuantes ou agravantes." Dois fatores condicionam sempre a gravidade de uma falta: a intenção e o conhecimento do erro. Embora as faltas sejam sempre as mesmas, a responsabilidade do culpado ante o deslize será maior ou menor em função do grau de conhecimento que ele possui e de sua intenção ao cometê-lo.
Com relação ao grau de adiantamento, Kardec informa que as almas mais grosseiras e atrasadas são, via de regra, mais atingidas pelos sofrimentos materiais, enquanto os Espíritos de maior sensibilidade e cultura são mais vulneráveis aos sofrimentos morais.
h) "Não há uma única ação meritória que se perca: todo ato meritório terá recompensa."

A Lei de Causa e Efeito não apenas pune o culpado, mas também premia a alma vitoriosa. Denomina-se "carma positivo" aos condicionamentos sadios que o Espírito atrai para si, em decorrência de atitudes corretas e vivência altruística;
i) "A duração do castigo depende da melhoria do culpado. O Espírito é sempre o árbitro da própria sorte, podendo prolongar o sofrimento pela persistência no mal ou suavizá-la ou mesmo superá-la em função de sua maneira de proceder."
Kardec mostra que não existe condenação por tempo determinado. O que Deus exige, por termo do sofrimento, é um melhoramento sério, efetivo, sincero de volta ao bem;

j) "Arrependimento, expiação e reparação constituem as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta."
O arrependimento pode dar-se por toda parte e em qualquer tempo; se for tarde, porém, o culpado sofre por mais tempo. Mas não basta o arrependimento, embora ele suavize os cravos da expiação.
A expiação consiste nos sofrimentos físicos ou morais que são consequentes à falta, seja na vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal.
A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal. Quem não repara os seus erros numa existência, achar-se numa encarnação ulterior em contato com as mesmas pessoas de modo a demonstrar reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A COR NO OCULTISMO

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A COR NO OCULTISMO

Qual o sentido existente na predileção de cada pessoa por determinadas cores?
Poderá influir em nosso futuro, o fato de nos rodearmos de uma cor ou de outra?

Investigação sobre as cores

Hoje sabemos que a cor dos objetos depende da onda de luz que refletem, mas até meados do século XVII, a natureza das cores permanecia sendo um mistério insolúvel. A primeira investigação sistemática se deve à Isaac Newton, que por volta de 1648 conseguiu decompor uma face de luz clara e tornar a recompô-la mediante um sistema de lentes invertidas. Era a primeira vez que se realizava esta operação e dela Newton deduziu (que naquela época contava então com pouco mais de vinte anos) que o espectro das cores do arco-íris, já se encontrava dentro do primitivo raio de luz. No século XX, a Psicologia deduziu importantes conseqüências sobre a influência das cores no comportamento humano, coincidindo no essencial, com o que tradicionalmente veio ensinando o ocultismo.

Cor e Religião

Antigamente a cor era tida como representação das forças naturais, de forma que o vermelho era a representação do fogo, o amarelo era o sol, o verde refletia a folhagem da primavera e o azul era o reflexo do céu e do mar. Mais tarde, as diversas religiões, começaram a identificar as cores com suas divindades. Assim começou a importância do ouro, sempre símbolo do Ser Supremo. Seguindo este costume, os cristãos representaram a Virgem de branco e azul e hoje, exclusivamente na Espanha e no Peré, vestem-se desta cor os oficiantes da cerimônia que se celebra nos dias da Imaculada Conceição. Igualmente se concedeu ao vermelho, preto e amarelo enxofre, o triste significado das coisas diabólicas. Os imperadores romanos viram no púrpura o símbolo do poder, tradição que seguem prelados e cardeais.

Com que pode contribuir-nos a Colorimetria , e como servir-nos dela?
O ideal seria podermos conhecer a cada momento o cromatismo da aura de cada pessoa, analisar a cor predominante em determinado instante que vem a ser a prolongação de nosso estudo da Anima.
Lamentavelmente, apenas poucas pessoas podem ver (sem o uso do Kirliam) a cor de uma aura e por isso devemos nos contentar em fazer uma análise baseada nas cores favoritas de cada um. Mas leve-se em consideração que a preferência não só muda ao longo da história, senão que se modifica geralmente em cada indivíduo pelo simples transcurso dos anos. As crianças geralmente preferem as cores mais vivas e chamativas, que depois vão moderando à medida em que crescem. Por essa razão, a resposta da colorologia não pode ser válida a longo prazo. Serve apenas para indicar o estado de ânimo de um momento que durará tanto quanto nossa preferência pela cor que tenhamos escolhido. Claro que será difícil que exista uma preferência exclusiva por uma determinada cor, geralmente ocorrendo a tendência a várias e então, haverá que analisar os diversos matizes e tendências, dando prioridade à cor predominante entre as escolhidas.

Vermelho
É a mais forte das cores e seu grande impulso ativo a faz predominar onde se encontra misturada à outras, impondo seu significado de firmeza e bravura. Em sentido negativo indica vingança e não ferocidade como normalmente se pensa. Dá sempre idéia de grande vitalidade que, ocasionalmente, pode redundar em excessos.
As tendências próprias do vermelho são: a paixão, o impulso, a resistência, proporciona valor, alegria de viver e amor à aventura. Por isso, aqueles que o preferem ou se sentem identificados com ele, devem saber controlar-se para que não se vejam exaltados por um excesso de vitalidade que lhes possa resultar fatal.

Castanho
É um forte matiz do vermelho, que demonstra vigor acompanhado de grande fortaleza do espírito.
As pessoas dominadas por esta cor, costumam estar cheias de grandes projetos para realizar empresas grandiosas. São pessoas providas de um enorme espírito de luta, que, costuma colocar-se em evidência, especialmente quando se choca com obstáculos que o coloca em clara desvantagem, ou em ocasiões em que se vê totalmente diante à uma adversidade, a princípio insuperável.

Magenta
É a tendência mais otimista e possessiva das tonalidades derivadas do vermelho. Reflete uma pessoa desejosa, não de lutar, mas de chegar ao cume antes de qualquer outro competidor, ainda que para isso tenha que utilizar meios reprováveis. Trata-se de pessoas dispostas a competir e desafiar à todo o mundo, com enormes ânsias de êxito. Seu aspecto ativo não se limita à área física, senão que demonstra igualmente uma grande agressividade no campo mental, acarretando esforços que seriam impossíveis à outros, especialmente pelo teor de sua obra.
Seu grande defeito é possuir uma natureza excessivamente volúvel que o leva a exigir demais por parte dos outros ao seu redor, sem parar para pensar na conseqüências, nem deter-se muito para verificar do que é capaz cada um.

Escarlate
É a tonalidade mais apaixonante do vermelho e como tudo apaixonante, pode produzir, desde a natureza mais agradável, exemplo de um modelo de virtudes, até o ser mais abominável e recusado pela totalidade de todos os que o rodeiam. Não existe meio-termo naqueles que se relacionam com esta tonalidade. Ou farão inveja à seus amigos, convertendo-se em líderes inatos por suas qualidades e simpatia, ou então, ficarão sós, amargurados e abandonados por seus inúmeros defeitos e pela complexa incapacidade para identificar-se com o resto das pessoas.

Rosa
É uma tonalidade que demonstra mais amor que afeto. Trata-se de naturezas inclinadas a servir ao próximo, que se entregam totalmente e sentem grandes desejos de voltar-se em auxilio dos outros, porém, mais por verdadeiro masoquismo do que por verdadeiras ânsias de cooperação. Quiçá sua última motivação não seja o resultado final, senão mais um fato de oferecer-se, quase em sacrifício, daqueles a quem necessitando-os ou não, os cercam.

Laranja
Representa às pessoas extremamente altivas e que possuem grandes doses de confiança em si mesmas, tanto que quando entram em um local, acreditam que todos a estão olhando. Não obstante estejam revestidas de boas maneiras, costumam ser pessoas capazes de impressionar aos demais, razão pela qual se lhes atribui um êxito enorme em tudo o que implique relações públicas, como o palco e a política.

Esmeralda
É um verde muito vivo, no qual a adaptabilidade própria dos verdes se transforma em desejos de aventura. Participa de todo o forte vigor próprio do vermelho. Costuma caracterizar as pessoas de caráter muito forte, íntegras e insubmissas, que sabem fazer com que as situações se ajustem às suas necessidades, tirando o maior proveito daquelas que se ponham a seu alcance, sem que por isso façam mal ao próximo. São pessoas independentes, cuja determinação lhes faz parecer simpáticos aos olhos dos demais, mas cuja manifestada individualidade costuma acarretar-lhes muito poucos afetos sinceros e desinteressados. Desgraçadamente costumam ser pessoas que jamais encontram o amor, que desejam permanece solteiras, sendo o tio ou tia preferido dos filhos de seus familiares e amigos.

Oliva
É uma tonalidade opaca e pálida do verde e como todas as cores fracas, costuma ser uma vibração claramente negativa, em contraste com o brilhante verde limão. Geralmente define as pessoas que evitam questões, buscando desculpas para seus fracassos e procurando sempre evadir-se de suas responsabilidades. Dificilmente se pode esperar ajuda de uma pessoa influenciada por esta cor, que geralmente é um indivíduo evasivo, com dificuldades de comunicação pela sua inata carência de aptidões comunicativas.

Maçã
É o mais esperançoso dos verdes, cheio de simpatia, vontade de ajudar e agradar aos demais. Sempre feliz e desejoso de uma vida o mais agradável possível, cercado de gente contente e alegre, que geralmente costuma disputar sua companhia. É a alma das reuniões e festas, procurando sempre agradar aos demais e fazendo-os rir a cada momento.
Seu único defeito é que se deixa levar por um excesso de romantismo, que pode fazê-lo perder a visão da realidade.

Verde
É a cor da Natureza, fazendo com os que se sentem atraídos por ele, pessoas sentimentais e muito simpáticas, facilmente adaptáveis às circunstâncias que os rodeiam. Mas devem evitar deixar-se levar por uma fraqueza latente que sempre se acha a espreita e que pode conduzi-los a um excesso de auto-compaixão, especialmente quando se encontram a meio caminho do triunfo, onde costumam desculpar-se culpando aos demais daquilo que somente é responsabilidade de si mesmos.
É uma cor diametralmente oposta ao vermelho. Demoram muito em zangar-se e raramente chegam a encolerizar-se. Sua característica primordial, é a moderação em todas as ações. Como a Natureza costumam ser firmes e imutáveis, incapazes de submeter-se ante a desgraça e impondo constantemente seu grande espírito de determinação, cheio de serenidade.

Amarelo
É uma cor que goza de muito má fama, quando na realidade não deveria tê-la. Suas características se tornam mais apreciáveis à medida que se intensifica, sendo melhor quanto mais viva se refletir. Se tiver uma leve inclinação ao laranja, implica grande inteligência. O tom dourado é símbolo permanente da realeza. É uma cor a qual os místicos orientais atribuem o poder de vencer todos os males e afastar todos os perigos.

Verde mar
É o tom mais escuro e forte dos verdes e por isso, implica certa ofuscação de propósitos, que podem facilmente produzir com que a inveja prevaleça sobre as restantes características do indivíduo. Também é propenso a astúcia, que mal dirigida e desprovida de qualquer prudência, pode resultar extremamente contraproducente.

Azul
É a cor da sensibilidade, misturada muito freqüentemente com a fé e que faz aqueles que se identificam com ela, a comportarem-se com tais ânsias de ficar bem ante os que o rodeiam, que às vezes podem, inclusive, chegar a comportarem-se mal, precisamente por seu fervor exagerado.
Todo mundo sabe que o azul do céu e do mar é infinitamente variável e isso é uma característica a mais da personalidade dos que são dominados por esta cor, cuja atitude mais negativa é a inconstância. Por isso lhes é recomendável concentração em tudo que empreenderem, encarar seus desempenhos com mais profundidade e sobretudo, tomar com mais carinho, tudo que fizerem.

Celeste
É a cor da generosidade, a preferida de todas aquelas pessoas que decidem afastar-se da vida mundana para dedicar-se ao bem e às causas mais nobres. É o azul em sua mais etérea tonalidade. Realça todas suas qualidades, supõe um desprendimento absoluto do eu para alcançar níveis que só aos eleitos estão reservados. É a cor que com mais dificuldade se encontra na aura humana, denotando a raridade com que aparecem neste mundo, pessoas capazes de desinteressar-se por si mesmas e encontrar a felicidade no bem-estar alheio.

Marinho
É um tom escuro que denota fortaleza, mas tendendo muito ao preto, poderá ser símbolo de auto-suficiência. Geralmente, e em seu cromatismo próprio, significa fidelidade no amor, constância em todas as tarefas e confiança, não só nos outros, como também digno da confiança alheia.
Trata-se de uma cor própria para as associações e os esforços em comum. Quem se sete atraído por ele, estará constantemente cercado de amigos e será precisamente então, quando o marinho dará tudo que leva dentro de si mesmo.

Índigo
Esta cor também é conhecida pelo nome de anil, proporcionada pelo corante orgânico que leva seu nome e que na antigüidade foi incrivelmente caro e particularmente apreciado por sua resistência à luz. Representa devoção e afeto, dividindo com o celeste o mútuo desejo de colaborar e ajudar os demais. Contudo, nela podem ser encontradas caprichosas características que a distingue da anterior. Como todas as demais tonalidades azuladas, são pessoas amantes da Natureza, especialmente do mar. Junto ao qual sabem encontrar a paz de espírito que lhes carece em zonas fechadas e dentro das grandes cidades.

Violeta
Representa a grandeza e tudo o que nesta vida se tem por importante. Não é uma cor fácil, como não o são as pessoas que o escolhem. Costumam mostrar-se auto-suficientes, demonantes em excesso, preferindo o ritual antes que o assunto direto e são extremamente dados ao protocolo, demonstrando um desapego absoluto pelo profano e procurando sempre que o ordinário, cotidiano e rotineiro não chegue a influenciá-los. Tratarão sempre de que sua opinião prevaleça, sem importar-se demais que a razão esteja ou não consigo. Recusarão todo tipo de críticas sem sequer buscar qualquer justificação para sua conduta, pois no fundo, pensam que são superiores aos demais e que o resto dos mortais, não têm direito a julgá-los.

Púrpura
É o matiz próprio da realeza, sendo-lhe aplicável tudo que foi dito em relação ao violeta, em grau superlativo. Sua capacidade para considerar-se superior aos demais carece de qualquer limite. Só permitem ser comparados aos deuses, de quem se consideram uma prolongação, que foi castigada ao passarem uma temporada neste vale de lágrimas que, certamente não consideram à sua altura.
Só conseguem êxito naquilo que desejam que saiba comportar-se a altura do que se pudesse esperar deles. No caso de chegarem onde se haviam proposto, mudarão radicalmente na forma de encarar as coisas, pois já as contemplam desde cima e se haverão distanciado do resto do gênero humano, que parece ser o que realmente lhes agrada.

Branco
Tem sido considerado sempre o símbolo da pureza, contudo as pessoas influenciadas pelo branco se caracterizam por Ter uma mente isenta de complexidades. Trata-se mais de uma tonalidade neutra que depende muito das circunstâncias que rodeiam o sujeito e muito especialmente das cores que a acompanharem. Sua característica primordial será sua desesperante concentração pelos detalhes, por mínimos e poucos importantes que pareçam. Neste sentido costumam ser pessoas que dificilmente estão plenamente satisfeitas, porque quase nada as deixa contentes, mostrando-se muito pouco compreensivas das circunstâncias que ocorrem com as pessoas que os rodeiam.

Cinza
É o tom da incerteza. Desde o cinza claro, que indica temor, até o mais escuro, símbolo do Egoísmo, passando pelo intermediário, que pressagia temeridade, trata-se sempre de uma cor extremamente enganadora. As pessoas incluídas nesta cor parecem ser conformadas e demonstram uma atitude passiva ante os acontecimentos, que costuma resultar fictícia, porque sempre estão à espreita para saltar na menor oportunidade que se apresentar. Revestem-se de uma falsa modéstia que lhes é imposta pelas circunstâncias, com a qual raramente estão conformadas. Tudo isso poderia ocasionar um ressentimento profundo daqueles que se consideram fracassados de algo que não são culpados e dos que costumam culpar as circunstâncias e aos demais que os rodeiam.

Preto
É a cor do luto e da pobreza, por isso, sendo considerado triste. É também da formalidade e convenção, proporcionando dignidade sem que isso represente falso orgulho. É a mais poderosa de todas as cores, aplacando todas as demais, virtude pela qual é acusada de uma certa displicência e de excesso de poder, com toda razão e contra as quais se deve lutar.
Entre as pessoas que a escolhem costumam predominar os juizes e legisladores que, se não são levados pelos defeitos mencionados anteriormente, costumam ser exemplos de preclaros jurisconsultos pela sábia e sóbria moderação, assim como por seu controlado equilíbrio.
Seu único defeito será sempre a falta de alegria, que lhes fará parecer como personagens entorpecidos e carentes do menor sentido de humor, ainda que tenham um fundo diferente que, contudo, lhes é muito difícil de transmitir aos demais.

Dourado
Não é uma cor natural, mas sim, sobrenatural. Aparece sempre como símbolo da realeza ou referente ao mundo mágico. É princípio e fim da alquimia e da pedra filosofal, aparece sempre na cabala e com ele se realizam os arabescos que enfeitam os aposentos das estórias das 1001 noites, sendo sinônimo de dinheiro.
Expressa a essência e providência do Espírito Divino, mas tem sido confundido freqüentemente, por infelicidade, com a própria divindade.
Por apropriarem-se de seus reflexos cometeram-se os maiores crimes e erros da história e quem cair sob sua influência deverá estar alerta constantemente para não deixar-se dominar por seus raios.

Bibliografia:
AS CIÊNCIAS PROIBIDAS

Oração feita por Gandhi

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Oração feita por Gandhi:
“Senhor, ajuda-me a dizer a verdade diante dos fortes e a não dizer mentiras para ganhar o aplauso dos fracos.
Se me dás fortuna, não me tires a razão.
 Se me dás sucesso, não me tires a humildade.
Se me dás humildade, não me tires a dignidade.
 Ajuda-me a enxergar o outro lado da moeda.
 Não me deixes acusar o outro por traição aos demais, apenas por não pensar igual a mim.
 Ensina-me a amar os outros como a mim mesmo. Não deixes que me torne orgulhoso, se triunfo; nem cair em desespero se fracasso.
 Mas recorda-me que o fracasso é a experiência que precede o triunfo.
Ensina-me que perdoar é um sinal de grandeza e que a vingança é um sinal de baixeza. Se não me deres o êxito, dá-me forças para aprender com o fracasso.
Se eu ofender as pessoas, dá-me coragem para desculpar-me.
E se as pessoas me ofenderem, dá-me grandeza para perdoar-lhes.
Senhor, se eu me esquecer de Ti, nunca Te esqueças de mim.”

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

LINHA DO ORIENTE


A Linha do Oriente é parte da he­rança da Umbanda brasileira. Ela é com­posta por inúmeras entidades, classi­ficadas em sete falanges e maiorita­riamente de origem oriental. Apesar dis­­so, muitos espíritos desta Linha po­dem apre­sentar-se como caboclos ou pretos velhos.
O Caboclo Timbirí (ca­bo­clo japo­nęs) e Pai Jacó (Jacob do Ori­ente, um preto velho bastante ver­sado na Ca­bala Hebraica), săo os casos mais co­nhe­cidos. Hoje em dia, ganha força o cul­to do Caboclo Pena de Pa­văo, enti­dade que trabalha com as for­ças espiri­tuais divinas de origem indiana.
Mas nem todos os espíritos săo ori­entais no sentido comum da palavra. Es­ta Linha procurou abri­gar as mais di­ver­sas entidades, que a princípio năo se encaixavam na matriz formadora do bra­sileiro (índio, portuguęs e afri­cano).
A Linha do Oriente foi muito popular de 1950 a 1960, quando as tradiçőes bu­­­distas e hindus se firmaram entre o povo brasileiro. Os imigrantes chineses e japoneses, sobretudo, passaram a fre­­qüentar a Umbanda e trouxeram se­us ances­trais e costumes mágicos.
Antes destas datas, também era co­mum nesta Linha a presença dos que­ridos espíritos ciganos, que possuem ori­­­gem oriental. Mas tamanha foi a sim­patia do povo umbandista por estas en­­­tidades, que os espíritos criaram uma “Linha” independente de trabalho, com sua própria hierarquia, magia e ensi­na­mentos. Hoje a influęncia do Povo Ci­gano cresce cada vez mais dentro da Umbanda.
Existem muitas maneiras de classi­ficar esta Linha e este pequeno artigo, năo pretende colocar uma ordem na ma­neira dos umbandistas estudarem es­ta vertente de trabalho espiritual. Dei­xo a palavra final para os mais ve­lhos e sábios, desta belíssima e diver­sificada religiăo. Coloco aqui algumas instruçőes que colhi com adeptos e mé­diuns afinados com a Linha do Oriente.
Namaste e Salve o Oriente!

CARACTERÍSTICAS DA LINHA DO ORIENTE:

• Lugares preferidos para ofe­rendas: As entidades gostam de co­linas descampadas, praias desertas, jar­dins reservados (mas também rece­bem oferendas nas matas e santuários ou congás domésticos).

• Cores das velas: Rosa, amarela, azul clara, alaranjada ou branca.

• Bebidas: Suco de morango, suco de abacaxi, água com mel, cerveja e vinho doce branco ou tinto.

• Tabaco: Fumo para ca­chimbo ou charuto.Tam­­bém utili­zam ci­gar­ro de cravo.

• Ervas e Flores: Alfa­zema, todas as flores que sejam bran­cas, palmas ama­relas, mon­senhor branco, monse­nhor amarelo.

• Essęncias: Alfazema, olíbano, ben­joim, mirra, sân­da­lo e tâmara.

• Pedras: Citrino, quart­zo rutilado, topá­zio im­perial (citrino tor­nado ama­relo por aque­ci­men­to) e topá­zio.

• Dia da semana recomen­dado para o culto e ofe­rendas semanais: Quinta-feira.

• Lua recomendada (para oferenda mensal): Se­gundo dia do quarto min­guante ou primeiro dia da Lua Cheia.

• Guias ou colares: Colar com cento e oito contas (108), sendo 54 brancas e 54 amarelas. Enfiar se­qüencial­mente uma branca e uma amarela. Fechar com firma branca. As enti­dades india­nas também utilizam o rosá­rio de sân­dalo ou tulasi de 108 con­tas (japa ma­la). Algumas criam suas pró­prias guias, se­gundo o mis­tério que trabalham.

CLASSIFICAÇĂO DA LINHA DO ORIENTE
Suas Falanges, Espíritos e Chefes:

01 - Falange dos Indianos:
Espíritos de antigos sacerdotes, mes­tres, yogues e etc. Um de seus mais conhecidos inte­gran­tes é Ramatis. Está sob a chefia de Pai Zartu.

02 - Falange dos Árabes e Turcos:
Espíritos de mouros, guerreiros nôma­des do deserto (tuaregs), sábios marroquinos, etc... A maioria é mu­çulmana. Uma Legiăo está composta de rabinos, cabalistas e mestres judeus que ensinam dentro da Umbanda a mis­teriosa Cabala. Está sob a chefia de Pai Jimbaruę.

03 - Falange dos Chineses, Mon­góis
e outros Povos do Oriente:
Espíritos de chineses, tibetanos, japoneses, mongóis, etc. Curio­sa­men­te, uma Legiăo está in­te­grada por es­pí­ri­tos de origem esquimó, que tra­balham muito bem no desmanche de demandas e feitiços de magia ne­gra. Sob a chefia de Pai Ory do Oriente.

04 - Falange dos Egípcios:
Espíritos de antigos sacerdotes, sacer­dotisas e magos de origem egípcia antiga. Sob a chefia de Pai Inhoaraí.

O5 - Falange dos Maias, Toltecas,
Astecas e Incas:
Espíritos de xamăs, chefes e guer­rei­ros destes povos. Sob a chefia de Pai Itaraiaci.

06 - Falange dos Europeus:
Năo săo propriamente do Oriente, mas inte­gram esta Linha que é bas­tante sincrética. Espí­ri­­tos de sábios, ma­gos, mestres e velhos gue­rreiros de origem européia: romanos, gau­leses, ingleses, es­can­dinavos, etc. Sob a che­fia do Impe­rador Marcus I.

07 - Falange dos Médicos e Sábios:
Os espíritos desta Falange săo especiali­zados na arte da cura, que é integrada por médicos e tera­peutas de diversas origens. Sob a chefia de Pai José de Arimatéia.

ALGUNS PONTOS CANTADOS
E SUA MAGIA
Aqui reproduzo alguns Pontos Can­tados, mas destaco a sua eficácia mân­trica e năo somente invocatória. Ou seja, nesta Linha os Pontos podem ser usados como mantras com fina­lidades específicas, independente de servirem para chamar as entidades pa­ra o trabalho de caridade no Centro ou Terreiro. Neste caso, os Pontos de­vem ser acompanhados das res­pectivas oferendas (veja abaixo).

PONTO DO POVO HINDU
• para afastar energias negativas diversas.
Oferenda: velas amarelas – 3, 5 ou 7, flores amarelas ou brancas e incenso de flores (rosa, verbena, etc...), coloca­dos dentro de uma estrela de seis pontas, hexagrama, traçada no chăo com pemba amarela.

Ory já vem,
Já vem do oriente
A bençăo, meu pai,
Proteçăo para a nossa gente.
A bençăo, meu pai,
Proteçăo para a nossa gente.

PONTO DO POVO TURCO
• para afastar os inimigos pessoais ou da religiăo umbandista.
Oferenda: velas brancas – 3, 5 ou 7 e charutos fortes, dentro de uma estrela de cinco pontas, pentagrama, traçado no chăo com pemba branca. Jamais ofereça bebida alcoólica a este Povo.
Tá fumando tanarim,
Tá tocando maracá.
Meus camaradas, ajudai-me a cantar,
Ai minha gente, flor de orirí
Ai minha gente, flor de orirí.
Em cima da pedra
Meu pai vai passear, orirí.

PONTO DO POVO ESQUIMÓ
- para afastar os inimigos ocultos e destruir forças maléficas.
Oferenda: velas rosas – 3, 5 ou 7, pedacinhos de peixe defumado em um alguidar, tudo dentro de um círculo traçado no chăo com pemba rosa.

Salve o Polo Norte
Onde tudo tudo é gelado,
Salve Povo Esquimó
Que vem de Aruanda dar o recado.
Salve a Groenlândia,
Salve Povo Esquimó
Que conhece a lei de Umbanda.

PONTO DO POVO GAULĘS
• para as lutas e necessidades diárias.
Oferenda: velas brancas – 3, 5 ou 7, cerveja branca ou vinho tinto, tudo dentro de uma cruz traçada no chăo com pemba verde.

Gauleses, Oh gauleses,
Somos guerreiros gauleses.
Gauleses, Oh gauleses
Săo Miguel está chamando.
Gauleses, Oh gauleses,
Somos guerreiros de Umbanda,
Gauleses, Oh gauleses,
Vamos vencer demanda.

PONTO DO POVO ASTECA
• para buscar a sabedoria espiritual.
Oferenda : nove velas alaranjadas, milho, fumo picado, tudo dentro de um círculo traçado no chăo com pemba branca.

Asteca vem, Asteca vai
Nosso povo é valente,
Tomba, tomba e năo cai...
(cantar nove vezes)

PONTO DO POVO CHINĘS
• para proteçăo diante de situaçőes muito graves.
Oferendas: sete velas vermelhas (é a cor preferida deste Povo), arroz cozido sem sal, vinho branco, tudo dentro de um círculo traçado no chăo com pemba vermelha.

Os caminhos estăo fechados
Foi meu povo quem fechou,
Saravá Buda e Confúcio
Saravá meu Pai Xangô.
Saravá Povo Chinęs,
Que trabalha direitinho,
Saravá lei de Quimbanda,
Saravá, eu fecho caminho.



MAGIA

,Magia é a capacidade que certos espíritos possuem de influenciar os fluidos ambientes e as energias dispersas no universo, de maneira tal que obedeçam ao seu comando mental e sirvam a determinado propósito.
Pai João de Aruanda

ORIXAS - ERVAS E AMALÁ



PAI OXALÁ

O filho de Oxalá é pessoa normalmente tranqüila, de andar sereno, sem afobação, com tendência ao sofrimento, quando o busca. Gosta de transmitir seu gênio calmo, quer as coisas sem demonstrar, atingindo seus objetivos
de forma bem natural. É teimoso. Na teimosia não gosta de impor suas idéias, mas não cede em seu ponto de vista. De todos os Orixás, o filho de Oxalá talvez seja o mais organizado, no dia a dia, escritórios e papéis.
Não é líder mas não se submete facilmente a liderança de outro, ou seja, não manda e não gosta de ser mandado. Não é agressivo e quando agredido prefere demonstrar superioridade. Tem uma tendência muito forte para a solidão, buscando pelo isolamento um encontro com a harmonia universal.
Para que o filho de Oxalá tenha uma vida melhor, deve procurar despertar em seu interior a alegria pelas coisas
que o cerca e tentar ceder à sua natural teimosia.
Oxalá é o Orixá maior e por isso mesmo não atua diretamente em elementos do planeta, fazendo isso por intermédio dos outros Orixás.
COR
Branca
AMALÁ
14 velas brancas, água mineral, canjica branca dentro de alguidar de louça branca, fitas e flores brancas
Local de Entrega: Um local de muito bonito e cheio de Paz, como o Ponto Mais Alto de uma Colina limpa, ou junto de uma entrega
para Iemanjá, na Praia.
ERVAS
Poejo, Camomila, Chapéu de Couro, Erva de Bicho, Cravo, Coentro, Gerânio Branco, Arruda, Erva Cidreira,
Erva de S.João, Alecrim do Mato, Hortelã, Alevante, Tapete de Oxalá (Boldo), Folhas de Girassol, Folhas de Bambu, Copo de Leite (flor) Monsenhor.

MÃE IEMANJÁ

Iemanjá, a Senhora do Mar. A grande força, com indiscutível domínio no gênio e personalidade de seu filho.
O fato de Iemanjá ser a Criação, sua filha normalmente tem um tipo muito maternal. Aquela que transmite
a todos a bondade, confiança, grande conselheira. É mãe. Sempre tem os braços abertos para acolher junto de si todos aqueles que a procuram. A porta de sua casa sempre está aberta para todos, e gosta de tutelar as pessoas. Tipo a grande mãe. Aquela mulher amorosa que sempre junta os filhos dos outros com os seus. O homem filho de Iemanjá carrega o mesmo temperamento: é o protetor. Cuida de seus tutelados com muito amor.
Geralmente é calmo e tranqüilo, exceto quando se sente ameaçado na perda de seus filhos, isto porque não divide isto com ninguém. É sempre discreto e de muito bom gosto. Veste-se com muito capricho. É franco e não admite a mentira. Normalmente fica zangado quando ofendido e o que tem como ajuntó (o segundo santo masculino) o orixá Ogum, torna-se muito agressivo e radical. Diferente é quando o ajuntó é Oxóssi. Aí sim, é pessoa calma, tranqüila, e sempre reage com muita tolerância. O maior defeito do filho de Iemanjá é o ciúme. É extremamente ciumento com tudo que é seu, principalmente das coisas que estão sob sua guarda.
COR
Azul
AMALÁ
7 velas brancas e 7 azuis, champanhe, manjar branco, fitas azuis e rosas brancas ou outro tipo de flor branca
Local de Entrega: Na praia
ERVAS
Pata de Vaca, Folhas de Lágrima de N.Senhora, Erva Quaresma, Trevo e Chapéu de Couro, Alfazema, Colônia, Erva Cidreira, Rosas Brancas, Palmas Brancas

MÃE OXUM

O filho ou filha de Oxum, a Rainha da Água doce, dona dos rios e das cachoeiras, carrega todo o tipo de Iemanjá. A maternidade é sua grande força, tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar,
é à Oxum que se pede ajuda (pelo Amalá). A diferença maior é a vaidade.
Filho de Oxum ama espelhos (a figura de Oxum carrega um espelho na mão), jóias caras, ouro, é impecável
no trajar e não se exibe publicamente sem primeiro cuidar da vestimenta e a mulher do cabelo e da pintura. Normalmente tem uma facilidade muito grande para o choro. É muito sensível a qualquer emoção.
Talvez ninguém tenha sido tão feliz para definir a filha de Oxum como o pesquisador da religião africana, o francês Pierre Verger, que escreveu: "o arquétipo de Oxum é das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolo do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que as de Iansã. Elas evitam chocar a opinião publica, á qual dão muita importância.
Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social". Seu maior defeito é o ciúme.

DIA DA SEMANA
sábado
CORES
amarelo
SÍMBOLOS
leque ( abebé ) com estrela, espelho
ELEMENTO
água

METAL
latão
AMALÁ
7 velas brancas e 7 amarelo claro, água mineral canjica branca, fitas amarelo claro e branca
Local de Entrega: Ao lado de uma Cascata, Cachoeira.
ERVAS
Erva Cidreira, Gengibre, Camomila, Arnica, Trevo Azedo ou grande, Chuva de Ouro. Manjericona, Erva Sta. Maria, Gengibre, Calendula, Rosas e Palmas Amarelas


MÃE IANSÃ

Iansã, a Senhora dos Ventos e das Tempestades, a Deusa Guerreira. Seu filho é conhecido por seu temperamento explosivo. Está sempre chamando a atenção por ser inquieto e extrovertido. Sempre a sua palavra é que vale e gosta de impor aos outros a sua vontade. Não admite ser contrariado, pouco importando se tem ou não razão, pois não gosta de dialogar. Em estado normal é muito alegre e decidido. Questionado torna-se violento, partindo para a agressão, com berros, gritos e choro. Tem um prazer enorme em contrariar todo tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que está fazendo na vida, quando fica tentado por uma aventura. Em seus gestos demonstra o momento que está passando, não conseguindo disfarçar a alegria ou a tristeza. Não tem medo de nada. Enfrenta qualquer situação de peito aberto. Ciumento demonstra um certo egoísmo porque não se importa com que os outros sofram pelo seu gênio reconhecidamente mal-humorado. É leal e objetivo. Sua grande qualidade, a garra, e seu grande defeito, a impensada franqueza, o que lhe prejudica o convívio social. Por ser tão marcante seu gênio, se este fosse controlado, o que não é difícil, seria pessoa muito mais feliz e querida.
Para definir bem a influência dos orixás nas pessoas vou contar uma estória engraçada: eu explicava para
um grupo as influências dos Orixás nas pessoas. Simulei um fato. Duas pessoas brigando. Passando um filho de Ogum, ou ele passa direto e nem olha, ou já vai se meter na briga. Um filho de Xangô para, fica olhando, e já começa a reclamar. Coitado do baixinho! Por que será esta briga? Acho que aquele alto não tem razão
E pior, nem sabe brigar. É um fraco. E fica questionando. Um filho de Oxóssi para, senta no chão e, rindo, fica assistindo e se deleitando com a briga. Deu a entender ter terminado. Achei sugestiva sua explicação. Alguém indagou qual seria o comportamento das filhas do povo da água. Diante da minha negativa, alguém se propôs a completar. Bem, disse, uma filha de Iemanjá chamaria os dois, colocaria suas cabeças em seu colo e os acalmaria recomendando paz. Uma filha de Iansã já reclamaria e chamaria a polícia. E parou. De propósito, o esperto.
Bem, perguntou alguém, e uma filha de Oxum, que faria? Nada, respondeu. Nem poderia. Os dois estavam brigando por causa dela...
COR
Amarelo escuro

AMALÁ
7 velas brancas e 7 amarelo escuro, água mineral, acarajé ou milho em espiga coberto com mel ou ainda canjica amarela, fitas branca e amarelo escuro e flores.
Local de Entrega: Em Pedra Com Fendas ao lado de um Rio ou Cachoeira
ERVAS
Catinga de mulata, Cordão de Frade, Gerânio Cor-de-Rosa ou Vermelho, Açúcena, Folhas de Rosa Branca, Erva de Santa Bárbara, Broto de Bambu, Guine e Alecrim, Angico, Cambuí Amarelo, Cravo da Índia, Palmas Amarelas e Vermelhas


PAI OXÓSSI

Oxóssi é a Natureza, especificamente nas matas e no reino animal. É o conhecedor das ervas e o grande curador. É a essência da nossa vida. Seu filho tem um tipo calmo, amoroso, encantador, preocupado com todos os problemas. Um grande conselheiro pelo seu gênio alegre, muito embora com forte tendência à solidão.
Incapaz de negar qualquer ajuda à alguém, sabe, como poucos, organizar o caminho para as soluções complicadas. Com respeito à sua própria organização familiar, é muito apegado as suas coisas e à sua família, à qual dedica atenção total no sentido de provê-la e encaminhá-la. Diante as dificuldades próprias é muito hesitante, mas acaba vencendo, sustentado pelo seu interior alegre e otimista. É carente. Não assume o problemas dos outros, mas fica lado a lado ajudando-os. Ama a Liberdade e a Natureza. O mato, as águas, os bichos , as estrelas, o sol e a lua, são a bússola de sua vida. Não discute a fé. Acredita e é fiel seguidor da religião que escolheu.
Não é ciumento e muito menos rancoroso.
Quando atacado custa revidar. Quando o faz se torna perigoso. É, neste particular, ladino como os índios.
Pisa macio, mas é certeiro. Tem um gosto refinado.
Gosta das coisas boas, veste-se bem e cuidadosamente.
O filho de Oxóssi é talvez o mais equilibrado. Para que sua vida melhore, deve despertar aquele gigante que habita sua essência, o que o tornaria mais disposto a encarar as suas próprias dificuldades.

DIA DA SEMANA
quinta-feira
CORES
verde
SÍMBOLOS
arco e flecha (damatá), chicote (iruquerê)
ELEMENTO
terra
METAL
latão

AMALÁ
7 velas verdes e 7 brancas, a mesma bebida de Ogum, 7 charutos, peixe com escama de água doce ou uma moganga bem assada com milho dentro coberto com mel, fitas verde e branca.
Local de Entrega: Na entrada da mata (obs. a mesma de ogum)
ERVAS
Malva Rosa, Mil Folhas, Sete Sangrias, Folhas de Aroeira, Folhas de Fava de Quebrante, Folhas de Samambaia, Flores do Campo.
Folhas de Palmeira, Folhas de Laranjeira, Erva Cidreira, Folhas de Jurema, Folhas de Maracujá, Folhas de Palmito, Folhas de Abacateiro, Capeba, Manacá

PAI XANGÔ

Xangô, o Deus da Justiça, Senhor das pedreiras, exerce uma influência muito forte em seu filho. Todos os Orixás, evidentemente, são justos, e transmitem este sentimento aos seus filhos. Entretanto, em Xangô, a Justiça deixa de ser uma virtude, para passar uma obsessão, o que faz de seu filho um sofredor, principalmente porque o parâmetro da Justiça é o seu julgamento, e não o da Justiça Divina, quase sempre diferente do nosso, muito terra. Esta análise é muito importante.
O filho de Xangô apresenta um tipo firme, enérgico, seguro e absolutamente austero. Sua fisionomia, mesmo a jovem, apresenta uma velhice precoce, sem lhe tirar, em absoluto, a beleza ou a alegria. Tem comportamento medido. É incapaz de dar um passo maior que a perna e todas as suas atitudes e resoluções baseiam-se na segurança e chão firme que gosta de pisar. É tímido no contato mas assume facilmente o poder do mando. É eterno conselheiro, e não gosta de ser contrariado, podendo facilmente sair da serenidade para a violência, mas tudo medido, calculado e esquematizado. Acalma-se com a mesma facilidade quando sua opinião é aceita. Não guarda rancor. A discrição faz de seus vestuários um modelo tradicional.
Quando o filho de Xangô consegue equilibrar o seu senso de Justiça, transferindo o seu próprio julgamento para
o Julgamento Divino, cuja sentença não nos é permitido conhecer, torna-se uma pessoa admirável. O medo de cometer injustiças muitas vezes retarda suas decisões, o que, ao contrário de lhe prejudicar, só lhe traz benefícios. O grande defeito dele é julgar os outros. Se aprender a dominar esta característica, torna-se um legítimo representante do Homem Velho, Senhor da Justiça, Rei da Pedreira. Por falar em pedreira, adora colecionar pedras.
COR
Marrom e branco

AMALÁ
7 velas marrons e 7 velas brancas, cerveja preta (mesmo principio já explicado para Ogum e Oxóssi), camarão, quiabo, Acará , fitas marrom escuro e branca
Local de Entrega: Na pedreira ou sobre uma pedra grande e bonita
ERVAS
Folhas de Limoeiro, Erva Moura, Erva Lírio, Folhas de Café, Folhas de Mangueira, Erva de Xangô, Folha Goiaba Vermelha, Manjericão Roxo, Loro, Hortelã , Cravos Vermelhos

PAI OGUM

Ogum é o Orixá da guerra, da demanda, da luta. Seu filho carrega em seu gênio todos os seus característicos.
É pessoa de tipo esguio e procura sempre manter-se bem fisicamente. Adora o esporte e está sempre agitado e em movimento. A sua impaciência é tão marcante que não gosta de esperar. É afoito. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem se preocupar como vai terminar e nem quando. Está sempre em busca do considerado o impossível. Ama o desafio. Não recusa luta e quanto maior o obstáculo mais desperta a garra para ultrapassá-lo. Como os soldados que conquistavam cidades e depois a largavam para seguir em novas conquistas, os filhos de Ogum perseguem tenazmente um objetivo: quando o atinge, imediatamente o larga e parte em procura de outro. É insaciável em suas próprias conquistas. Uma marca muito forte de seu Orixá, é tornar-se violento repentinamente. Seu gênio é muito forte. Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo integralmente a situação daquele que quer proteger. Leal e correto, é um líder. Sabe mandar sem nenhum constrangimento e ao mesmo tempo sabe ser mandado, desde que não seja desrespeitado. Adapta-se facilmente em qualquer lugar. Come para viver, não fazendo questão da qualidade ou paladar da comida. Por ser Ogum o Orixá do Ferro e do Fogo seu filho gosta muito de armas, facas, espadas e das coisas feitas em ferro ou latão.
É franco, muitas vezes até com assustadora agressividade. Não faz rodeio para dizer as coisas.
Não admite a fraqueza, falsidade e a falta de garra. O difícilé a sua maior tentação.
Nenhum filho de Ogum nasce equilibrado. Seu temperamento, difícil e rebelde, o torna, desde a infância, quase um desajustado. Entretanto, como não depende de ninguém para vencer suas dificuldades, com o crescimento vai se libertando e acomodando-se às suas necessidades. Quando os filhos de Ogum conseguem equilibrar seu gênio impulsivo com sua garra, a vida lhe fica bem mais fácil. Quando ele consegue esperar ao menos 24 hs. para decidir, evitaria muitos revezes, muito embora, por mais incrível que pareça, são calculistas e estrategistas. Contar até 10 antes de deixar explodir sua zanga, também lhe evitaria muitos remorsos. Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo caminho que for, será sempre um Vencedor.
COR
Vermelha e Branca
AMALÁ
14 velas branca e vermelha ou 7 brancas e 7 vermelhas, cerveja branca em coité, 7 charutos, peixe de escama e de água doce, ou camarão seco, amendoins e frutas, de preferência, dentre elas,. uma manga (melhor a espada), fitas vermelha e branca.
Local de Entrega: Uma campina
ERVAS
Aroeira, Pata de Vaca, Carqueja, Losna, Comigo Ninguém Pode, Folhas de Romã, Espada de S. Jorge,
Flecha de Ogum, Lança de Ogum, Cinco Folhas, Macaé, Folhas de Jurubeba,Palmas Vermelhas, Açoita Cavalo, Crista de Galo.

PAI OMOLU / OBALUAÊ

DIA DA SEMANA
segunda-feira
CORES
preto, branco, vermelho
SÍMBOLOS
cajado (xaxará), búzios.
ELEMENTO
terra
PLANTAS
cuféia (sete sangrias), erva-de-passarinho, canela de velho, quitoco. Zínia, cravo de defunto.
ANIMAIS
cachorro
METAL
chumbo, barro
COMIDA
pipoca, bife acebolado, bolinhos de milho, acaçá, olubajé. Banana da terra.
BEBIDA
água, vinho tinto
SINCRETISMO
São Lázaro (17.12) e São Roque (16.8).
DOMÍNIO
a terra, as epidemias, a morte.
O QUE FAZ
castiga com doenças, mas também cura os males.
QUEM É
o Médico dos Pobres e o Senhor dos Cemitérios.
CARACTERÍSTICAS
reservado, solitário, simples, trabalhador, serviçal, depressivo, doentio.
QUIZÍLIA
claridade, sapos
SAUDAÇÃO
Atotô!
ONDE RECEBE OFERENDAS -no cemitério (geralmente no Cruzeiro).
RISCOS DE SAÚDE
doenças de pele e problemas nas pernas e coluna.
PRESENTES PREDILETOS
velas, charutos, suas comidas e bebidas preferidas.
OBSERVAÇÃO
o nome de Obaluaê às vezes é usado especificamente para o Omolu jovem, que é mais agressivo; Omolu é o nome mais usado para o Omolu velho, mais introvertido.

MÃE NANÃ

DIA DA SEMANA
terça-feira
CORES
Lilas, branco e roxo
SÍMBOLOS
vassoura de palha, bastão de hastes de palmeira (Ibiri)
ELEMENTO
terra e água
PLANTAS
folha da fortuna, viuvinha (trapoeraba roxa ), samambaia, melão de São Caetano, manacá
ANIMAIS

MINERAL
terra (é mais velha que a descoberta dos metais), lodo.
COMIDA
efó, mungunzá, sarapatel, feijão com coco, pirão com batata roxa. Jaca.
BEBIDA
vinho branco
SINCRETISMO
Santa Ana (26.7 )
DOMÍNIO - os pântanos e a morte.
O QUE FAZ
cuida dos mortos enquanto seus corpos se decompõem no lodo, se preparando para formarem novos seres. Protege contra feitiços e perigos de morte.
QUEM É
a mais velha das mães d’água, a Avó dos Orixás e a Mãe dos Mortos.
CARACTERÍSTICAS
introvertida, austera, madura, protetora, mártir, rabugenta, vingativa, intrigante.
QUIZÍLIA
multidões, instrumentos de metal
SAUDAÇÃO
Salubá!
ONDE RECEBE OFERENDAS
em local com ruínas ou pântano.
RISCOS DE SAÚDE
problemas de coração e circulação; saúde geral fraca.
PRESENTES PREDILETOS
velas, suas comidas e bebidas preferidas